sábado, 23 de outubro de 2010

QUALIDADES DO SUDITOS DO REINO



QUALIDADES DO SUDITOS DE DEUS

MATEUS 5:1-11

HOJE FAREMOS UMA EXEGESE DO TEXTO DE MT 5:1-11 ONDE ESTUDAREMOS O CAPITULO 5 MAIS A FUNDO PARA QUE POSSAMOS ENTENDER A GRANDEZA DESTE ENSINAMENTO PARA VIDA CRISTA.
ESSE SERMAO NAO CONSISTE DE UMA NOVA LISTA DE MANDAMENTOS,MAS SIM DE UMA DESCRIÇAO CLARA E SIMPLES DE COMO DEVEM VIVER AS PESSOAS QUE ENTRAM NO REINO DE DEUS.

JESUS EXPOS AS QUALIDADES MORAIS QUE DEVE ACOMPANHAR AS PESSOAS QUE DESEJAM SER DIGNOS DE PERTENCER AO SEU REINO. ESSAS BEM AVENTURANÇAS SAO AS CONDIÇOES ESSENCIAIS PARA QUEM QUISER OBTER O DIREITO DE CIDADANIA DO SEU REINO.


O QUE SIGNIFICA BEM-AVENTURANÇA ?


BEM-AVENTURANÇA SIGNIFICA UMA ALEGRIA PROFUNDA DENTRO DA PROPRIA PESSOA QUE E DIFICIL DE SER EXPLICADA PELO GRANDE GOZO QUE PRODUZ.FOI COM ESSA PALAVRA QUE JESUS INICIOU A SERIE DE CONDIÇOES NECESSARIAS AOS CIDADAOS DO SEU REINO.
AGORA VEREMOS CADA CONDIÇAO ESTIPULADA POR JESUS PARA UM SUDITO DO SEU REINO:

1- BEM AVENTURADOS OS POBRES DE ESPIRITO PORQUE DELES E O REINO DOS CEUS;

A PALAVRA ``POBRE´´A palavra grega para "pobres" no caso é ptochos, que significa pobre mesmo, num sentido profundo. AQUI NAO QUER DIZER APENAS ALGUEM DESTITUIDO DE BENS MATERIAIS , MAS QUALQUER PESSOA QUE EM SUA NECESSIDADE BUSCA AJUDA DE DEUS.Davi disse: Eu sou pobre e necessitado mais Deus cuida de mim (SL40:17).

Jesus foi bem claro quando disse: ``OS POBRES DE ESPIRITO´´ isto e , os humildes ,os desprendidos de vaidade ,os livres da cobiça.
Ser pobre de espirito significa portanto , depender totalmente de outrem para lhe ajudar , especialmente de DEUS como esta escrito no (SL 34:6) ``CLAMOU ESTE POBRE E O SENHOR O OUVIU E O SALVOU DE TODAS AS SUA ANGUSTIAS.
A verdade e que o reino pertence aos que assumem a posiçao de absoluta dependencia de Deus mediante o sacrificio de JESUS na cruz do calvario.

2- BEM AVENTURADO OS QUE CHORAM PORQUE ELES SERAO CONSOLADOS

A expressao ``OS QUE CHORAM´´ refere-se aos servos de Deus que sofrem na terra por causa do curso deste mundo tenebroso que vive seu dia-a-dia como se DEUS nunca existisse , isto faz com que os filhos de Deus se preocupem e exerçam tamanha compaixao a pelos perdidos fazendo com que sintam uma grande dor em saber que vidas estao se perdendo ceifadas por satanas porque elas rejeitam a Deus e sua salvaçao.
Os que choram portanto , choram de tristeza pela condiçao pecaminosa do mundo.

3- BEM AVENTURADO OS MANSOS POIS ELES HERDARAM A TERRA

Entre os evangelhos sinopticos ou semelhantes no caso os evangelhos de MATEUS , MARCOS , LUCAS , apenas Mateus usa a palavra ``MANSOS´´ isto em 3 ocasioes a primeira aqui a segunda vez em (MT 11:28) ``manso e humilde de coraçao´´ e a ultima vez foi na entrada triunfal de Jesus em Jerusalem (MT 21:5) ``Eis que seu rei ai te vem , manso e assentado sobre uma jumenta e sobre um jumentinho.´´
A palavra ``MANSO´´ou amável, que também pode ser manso ou PRAYTES, em grego nos convida a aprender com Ele a sermos manso “amável” e humilde de coração. Mat 11,29. Logo, Jesus é um modelo por excelência na prática da amabilidade ou mansidao. Se quisermos um exemplo de quem vive ser amável, manso e humilde devemos olhar para Jesus sob todos os sentidos.
portanto , os herdeiros do reino de DEUS nao serao os ambiciosos , nem os avarentos nem mesmo os pretenciosos , mas aqueles que imitam o exemplo de MANSIDAO do Senhor Jesus. A humildade ou mansidao , e portanto a caracteristica dos que vqo herdar a terra e ter AQUI abundancia de paz (SL 37:11).

4- BEM AVENTURADOS OS QUE TERAO FOME E SEDE DE JUSTICA POIS ELES SERAO FARTOS

No presente contexto do sermao do monte a palavra ``JUSTIÇA´´ no grego DIKAIOSYNE que significa VONTADE DE DEUS, que nao e que muitos cristaos pensam acerca deste texto em que acham que este versiculo nos leva a exercer a justica de nos mesmos podemos ver que ao citar a 4ª Bem-aventurança Jesus não estava querendo ensinar sobre:

1. Justiça social,

2. Justiça pessoal

A síntese do pensamento de Jesus está muito bem apresentado pela Bíblia na Linguagem de Hoje: “Felizes os que têm fome e sede de fazer a vontade de Deus, pois ele os deixará completamente satisfeitos”.

É exatamente sobre esta “fome e sede de fazer a vontade de Deus”, ou melhor, de ver a vontade de Deus sendo feita, “assim na terra, como no céu”, que Jesus está se referindo.

Partindo desse pressuposto, entendemos que fome e sede de justiça não é outra coisa senão o desejo de ver estabelecida a vontade de Deus entre os seres humanos.
Portanto , a justiça pela qual os servos de Deus suspiram e muito superior a todo o tipo de justiça terrena.

5- BEM AVENTURADO OS MISERICORDIOSOS , PORQUE ELES ALCANÇARAO MISERICORDIA.

Misericordia e outra caracteristica dos suditos do reino de Deus (MT 5:7). A palavra significa compaixao despertada pela miseria alheia e tambem PERDAO.
Os misericordiosos portanto sao aqueles que como JESUS , mostram misericordia aos fracos , aos desamparados ,aos pequeninos , possuindo assim ``o mesmo sentimento que houve tambem em Cristo Jesus´´ (Fp 2:5).
o verdadeiro sudito de Deus portanto e aquele que nao consegue guardar magoas ou sentimentos contra quem quer que seja ele sempre mantem uma atitude perdoadora.

6- BEM AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇAO POIS ELE VERAO A DEUS

Em contraste com a purificaçao corporal externa da qual os judeus e especialmente os fariseus eram tao escrupulosos (MT 23:25-28) Jesus exorta a limpeza interior.
A Biblia diz que se deve ``GUARDAR´´o coraçao porque dele procede as saidas da vida (PV 4:23). O que significa guardar ? Certamente e conserva-lo puro , santo , sem contaminaçao.
A pureza de coraçao esta relacionada a um CARATER PURO , A UM COMPORTAMENTO DIGNO. O proprio JESUS disse ``DO CORAÇAO PROCEDEM OS MAUS PENSAMENTOS´´(MT 15:19). Por esta razao e preciso esta vigilante a fim de eliminar toda a impureza e conserva-lo puro. Este e o requisito para chegar a presença de Deus (SL 24:3).

7- BEM AVENTURADOS OS PACIFICADORES POIS ELES SERAO CHAMADOS FILHOS DE DEUS

Pacificador e aquele que promove a paz entre inimigos.Usa de argumentos fortes e convincentes para levar as duas partes conflitantes ao ponto de se entenderem e voltarem a reconciliaçao.
E tambem aquele que busca a paz procurando BOAS RELAÇOES COM SEUS INIMIGOS (HB 12:14) (RM 12:18).Agindo assim estaremos de acordo com a vontade de DEUS.
JESUS DEUS A VIDA A FIM DE PROPICIAR A PAZ AOS HOMENS (JO 12:27).

8- BEM AVENTURADOS OS INJUSTIÇADOS POIS DELES E O REINO DOS CEUS

Esta bem aventurança destina-se somente a aqueles que sao perseguidos ``POR CAUSA DA JUSTIÇA ´´ou seja que sofrem pelo fato de perseverarem na pratica da Fe crista , afastando-se do pecado e de todo tipo de corrupçao.
Um cristao verdadeiramente honesto incomoda muito os que vivem na pratica da desonestidade ,estes tais desonesto e corruptos que tudo fazem para se livrar de tal CRISTAO porque `` E TAMBEM TODOS OS QUE PIAMENTE QUEREM VIVER EM CRISTO JESUS PADECERAO PERSEGUIÇOES´´(TM 3:12) afirma o apostolo Paulo.

CONCLUSAO

O SENHOR JESUS ENCERRA ESSA PARTE DO SERMAO DO MONTE , E DAS PROMESSAS DE BEM AVENTURANÇAS ESTIMULANDO SEUS SEGUIDORES A SENTIR ALEGRIA , A REGOZIJAR-SE NAO PELO FATO DE SEREM PERSEGUIDOS OU DESCONSIDERADOS MAS PORQUE VERDADEIRAMENTE ENCONTRARAM O CAMINHO DA FELICIDADE E DA PAZ E A CERTEZA DE QUE TERAO FORÇAS PARA PERMANECEREM ATE O FIM A SEREM CONTADOS COMO CIDADAOS DOS CEUS.

Agora eu lhe pergunto depois deste estudo voce tem as qualificaçoes para ser sudito do reino de DEUS faça uma analise uma introspecçao de voce hoje a luz desta palavra em que ponto voce esta falhando como sudito do REI e cidadao do reino , faça uma lista anote e vamos orar ´´SENHOR JESUS PERDOA-NOS POR NOSSAS FALHAS PEDIMOS AO SENHOR QUE NOS ABENÇOE E QUE ESTA QUALIDADES ESTEJAM DE AGORA EM DIANTE PRESENTE PLANTADAS EM NOSSA VIDA NO NOSSO DIA-A DIA PARA PODERMOS ENTENDER E DESFRUTAR DAS MARAVILHAS DO TEU REINO E VIVERMOS PARTE DELE JA AQUI NA TERRA OBRIGADO SENHOR POR ESTE MILAGRE EM NOME DE JESUS AMEM.
Que DEUS abencoe nesta jornada. Pois ser sudito do reino nao e futuro e sim presente bem presente em nossas vidas

PROF. ALEXANDRE CHAVES

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A SOBERANIA DE DEUS E A FE DOS MARTIRES

VEJA VIDEO A GLORIA DO CRISTAO
Neste estudo veremos a soberania de Deus na vida de homens e mulheres que se sacrificaram por amor a PALAVRA DE DEUS POR AMOR A JESUS CRISTO.
O zelo o amor e a fe na palavra de Deus levaram pessoas ao ponto maximo de sua vida a dedicacao total e incondicional, a de dar a vida por amor a JESUS CRISTO. "Amai a Deus sobre todas a coisas"
Levaram homens e mulheres a se sacrificar para que hoje pudessemos ter em nossas maos a palavra salvadora de JESUS CRISTO O SOBERANO REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.
Somente entendendo a soberania de Deus nas nossas vidas e que podemos entender o que levou esta pessoas a tamanho ato de FE.
ande comigo agora pela historia dos martires do evangelho
CONHECENDO OS MÁRTIRES DA IGREJA

CONHECENDO OS MÁRTIRES DA IGREJA

INTRODUÇÃO

 Tertuliano, um dos Pais da Igreja dizia que o sangue dos mártires era o adubo para o crescimento da igreja. Quanto mais os crentes eram massacrados, mais eles cresciam em número. Quanto mais se proibia o cristianismo, mas as pessoas reconheciam a Cristo como Senhor e Salvador, vindo com isso a morrer por sua fé. Segundo o escritor e pastor James Kennedy houve até os nossos dias cerca de 40 milhões de mártires cristão. A maioria dessas mortes acorreu neste século. Vejamos os martírios mais marcantes da história:

OS APOSTOLOS E DISCIPULOS PRIMITIVOS

1) ESTEVÃO

 Foi o primeiro mártir da igreja cristã, e de acordo com a Bíblia ele foi apedrejado (At 7.54-60). Ele morreu orando e suas últimas palavras foram "Senhor Jesus, recebe o meu espírito". João Calvino, reformador do século XVI, comenta essa oração de Estevão dizendo: "A nós convém, juntamente com Davi (Sl 31.1), entregar as nossas almas nas mãos de Deus diariamente, enquanto estivermos nesse mundo, visto que somos cercados por um milhar de mortes, a fim de que Deus possa livra-nos de todos os perigos; porém, quando tivermos realmente de morrer, e formos chamados para o outro lado da existência, então teremos que voar apoiados nessa oração - Que Cristo receba o nosso espírito. Pois ele entregou o seu próprio nas mãos do Pai, com esse propósito, o de guardar-nos para sempre. Isso serve de consolo inestimável. Essa esperança deve encorajar-nos a sofrer a morte com paciência".


2) TIAGO O MAIOR, IRMÃO DE JOÃO

 Tiago, irmão de João, foi o primeiro dos apóstolos a ser morto por causa da Palavra de Deus. Ato 12.2 nos informa que ele foi decapitado, a mando do rei Herodes Agripa I. Clemente de Alexandria, um dos pais apostólicos, conta-nos detalhes de sua morte. Diz ele que ao ser conduzido ao local de seu martírio, seu acusador foi levado ao arrependimento e, caindo aos pés de Tiago, pediu-lhe perdão. Logo após, confessou-se cristão e foi morto juntamente com aquele que antes o havia acusado. Juntos foram decapitados.


3) TIAGO IRMÃO DO SENHOR E BISPO DE JERUSALÉM

 Tiago, irmão do Senhor e autor da carta que leva o seu nome, com 99 anos foi espancado e apedrejado pelos judeus até a morte. Isso se deu no ano de 63 d.C. Os judeus lhe ordenaram que de uma das galerias do templo clamasse que Jesus de Nazaré não era o Messias. Mas em vez de falar assim, ele anunciou à multidão que Cristo era o Filho de Deus, e juiz do mundo. Então os seus inimigos enraivecidos o lançaram ao chão, e o moeram com pancadas. Não estando ainda completamente morto, acabaram de matá-lo com pedradas, enquanto ele orava pelos seus inimigos.


4) SIMÃO PEDRO

Pedro foi condenado em Roma a ser crucificado. Hegésipo, um escritor primitivo, conta que o povo, ao perceber que Nero procurava razões contra Pedro para matá-lo, rogou insistentemente ao apóstolo que fugisse da cidade. Persuadido pela insistência deles, ele dispôs-se a fugir. Ao chegar, porém, à porta, viu o Senhor Jesus Cristo que vinha ao seu encontro. Adorando-o, Pedro indagou: "Senhor, aonde vais? Ao que ele respondeu: "Vou ser crucificado de novo".  Pedro, ao dar-se conta de que era de seu sofrimento que o Senhor falava, voltou a cidade. Jerônimo afirma que ele foi crucificado de cabeça para baixo, por petição própria, por julgar-se indigno de ser crucificado da mesma maneira que o seu Senhor.


5) PAULO DE TARSO

O apóstolo Paulo também foi martirizado em Roma. Abidias, um historiador primitivo, conta-nos que quando foi dada a ordem de execução de Paulo, o imperador enviou dois soldados para dar-lhe a notícia que ele seria morto. Diz esse historiador que o nome desses soldados eram Ferege e Partemio. Ao chegarem a Paulo pediram oração para que também cressem. Paulo garantiu-lhes que em breve creriam e seriam batizados diante de seu túmulo. De acordo com a maioria dos historiadores cristãos, Paulo foi retirado de um calabouço em Roma para a execução.  2º Tm 4.13, nos mostra que o apóstolo Paulo estava em um lugar úmido e sentia muito frio, por isso Pediu que lhe enviassem sua capa de inverno.


6) ANDRÉ, IRMÃO DE SIMÃO PEDRO

André, irmão de Simão Pedro, pregou o evangelho  a muitas nações da Ásia. Em Édesa foi crucificado de forma transversal. As extremidades de sua cruz foram fixadas transversalmente no solo. Daí o nome de cruz de santo André.


7) BARTOLOMEU

Era natural de Caná da Galiléia, homem de bom caráter, recebendo por isso o elogio de Jesus Cristo. foi um pregador que viajou para vários paises e por último, foi cruelmente açoitado e crucificado pelos idólatras da Armênia.


8) APÓSTOLO JOÃO

Por ordem do imperador Tirano, foi lançado numa caldeira de azeite fervendo e por um milagre saiu ileso. Depois disso foi desterrado para a ilha de Patmos a fim de trabalhar nas minas de carvão. Em Patmos lhe foi revelado as profecias dos últimos dias: o Apocalipse. Depois da morte do imperador, João foi solto e voltou para Éfeso de onde escreveu o evangelho que leva o seu nome e as três cartas que também levam o seu nome. Morreu de forma natural em avançada idade.


9) TIMÓTEO

Segundo a tradição eclesiástica Timóteo foi o primeiro bispo de Éfeso e diz que ele morreu ali martirizado quando João estava exilado na ilha de Patmos. Ele foi morto a pauladas por uma turba de idolatras que se encaminhavam para o templo para oferecerem sacrifícios aos deuses.

 "Todo o crime ou erro dos cristãos se resume nisto: têm por costume reunirem-se num certo dia, antes do romper da aurora, e cantarem juntos um hino a Cristo, como se fosse um Deus, e se ligarem por um juramento de não cometerem qualquer iniqüidade, de não serem culpados de roubo ou adultério, de nunca desmentirem a sua palavra, nem negarem qualquer penhor que lhes fosse confiado, quando fossem chamados a restitui-los. Depois disso feito, costumavam-se separar-se e em seguida reunirem-se de novo, sem a menor deserdem. Depois dessas informações julguei muito necessário examinar, mesmo por meio de tortura, duas diaconisas, mas nada descobri a não ser uma superstição má e excessiva."


10) INÁCIO DE ANTIOQUIA

 A tradição diz que ele conheceu Pedro e foi ordenado bispo de Antioquia pelo apóstolo João. Foi condenado pelo imperador Trajano a ser lançado as feras em Roma. Enquanto atravessava a Síria a caminho de Roma, ele escreveu várias cartas. Em uma delas ele diz: "Desde a Síria até Roma estou lutando com feras por terra e por mar, de noite e de dia sendo levado preso por dez soldados cuja ferocidade iguala a dos leopardos, e os quais, mesmo quando tratados com brandura, só mostram crueldade. Mas no meio destas iniqüidades, estou aprendendo... Coisa alguma, quer seja visível ou invisível, desperta a minha ambição, a não ser a esperança de ganhar a Cristo. Se o ganhar, pouco me importará que todas as torturas do demônio me acometam, quer seja por meio do fogo ou da cruz, ou pelo assalto das feras ou que os meus ossos sejam separados uns dos outros e meus membros dilacerados, ou todo o meu corpo esmagado.". Quando chegou em Roma o lançaram na arena com os leões, e ele disse: "Sou, como o trigo debulhado de Cristo, que precisa de ser moído pelos dentes das feras antes de se tornar em pão.". Depois disso foi comido pelos leões e recebido na glória pelo leão da tribo de Judá.


11) POLICARPO, BISPO DE ESMIRNA

Policarpo foi o discípulo pessoal do apostolo João, era homem muito consagrado e foi o principal pastor da Igreja de Esmirna. Nasceu em 69 d.C. e morreu em 159 d.C. Escreveu Duas cartas à igreja de Filipos conservadas até o dia de hoje.
 Diz a história que ele ao entrar na arena para ser morto ouviu uma voz do céu que dizia: "Sê forte Policarpo! Se homem". Ele foi condenado à fogueira e quando o fogo acendeu não teve poder de queima-lo, por fim o mataram a golpes de espada.Depois de preso por pregar o evangelho, foi inquirido a amaldiçoar à Cristo no que ele respondeu: "Por 86 anos tenho sido servo de Cristo, e ele nunca me fez mal algum. Como posso blasfemar de meu Rei, que me salvou?".
 
 
12) FELICIDADE E SEUS FILHOS

Marco Aurélio assumiu o trono em 161 d.C. e no ano 180 começou de novo as perseguições. Um dos martírios que mais impacto causou em Roma foi a de Felicidade e seus sete filhos. Ela foi acusada de ser cristã e o prefeito da cidade a ameaçou de morte, mas ela disse: "Viva, eu te vencerei; se me matares, em minha própria morte te vencerei ainda mais.". Todos os seus filhos morreram na sua frente. O mais velho foi espancado até a morte. Dois foram golpeados por clavas. O quarto foi jogado do despenhadeiro. Três foram degolados. Por fim depois de muita tortura, ela foi decapitada.


13) PERPÉTUA, A JOVEM

 No reinado de Severo foi martirizada Perpétua, uma senhora casada, de 22 anos, de boa família e mãe de uma criança, era nova convertida, saída do paganismo. Nem com as suplicas de seu pai, ela negou a cristo.
Nesse dia conduziram-na para fora com o irmão, e outra mulher chamada felicidade e as duas foram atadas em redes, e lançadas a uma vaca brava. Os ferimentos de Perpétua não foram mortais, e a população farta, mas não saciada pela vista do sangue, disse ao algoz (carrasco, indivíduo cruel) que aplicasse o golpe da morte.
 Como que despertando de um sonho agradável, Perpétua chegou a túnica mais a si, levantou o cabelo que lhe caíra pelas costas abaixo, e depois de ter dirigido com voz fraca algumas palavras de animação a seu irmão, guiou ela mesma a espada do gladiador para o coração, e assim expirou."


14) BISPO BASÍLIO

 O bispo Basílio foi um dos que pereceram nas mãos de Julião. Foi encarcerado e ameaçado de morte. Julião o interrogou pessoalmente. Basílio nesse interrogatório predisse a morte do imperador e disse-lhe ainda do tormento que lhe sobreviria na outra vida. Encolerizado Julião ordenou que o corpo desse seguidor de Cristo fosse descarnado a cada dia, em sete diferentes partes, até que sua pele e carne ficassem totalmente destroçadas.


15) ARTÊMIO, COMANDANTE ROMANO

 Artêmio, comandante das forças romanas no Egito, foi privado de seu mandato por ser cristão; logo teve seus bens confiscados e foi decapitado. Na palestina muitos foram queimados vivos; outros arrastados pelos pés através das ruas, despidos, até expirar. Alguns foram feridos até morrer; apedrejados e outros sofreram espancamento na cabeça, até perder os miolos. Em Alexandria, foram muitos os cristãos que morreram pela espada, pelo fogo, pela crucificação e pela decapitação.


16) HERMENEGILDO

 Em 586, o rei Leovigildo mandou matar o próprio filho, o príncipe Hermenegildo, por renunciar a fé ariana e converter-se ao genuíno evangelho. Ele foi decapitado por ordem do próprio pai por não receber a eucaristia das mãos de um bispo ariano em 13 de abril de 586 d.C.


17) JUAN

Foi bispo de Bérgamo, em Lombardia. Era erudito e bom cristão. Empenhou todos os esforços possíveis para retirar da igreja os erros do arianismo. Teve grande êxito contra os hereges e por isso foi assassinado no dia 11 de julho de 683 d.C.


18) KILLIAN

 Nasceu na Irlanda e recebeu de seus pais uma educação piedosa e cristã. Obteve a licença da igreja de Roma para pregar aos pagãos da Alemanha. Em Wurtburg converteu o governador Gozberto, cujo exemplo foi seguido pela maior parte do povo durante os anos seguintes. Quando, porém Killian persuadiu o governador Gozberto de que seu matrimônio com a viúva de seu irmão era pecaminoso, este ficou irritado e mandou matá-lo. Era o ano de 689 d.C. Em 854, quarenta e duas pessoas, na alta Frigia, foram martirizadas pelos sarracenos.


19) JOHN HUSS

 De origem camponesa e humilde, Huss nasceu na Boêmia em 1373 e só aos 13 anos entrou para a escola elementar. Cinco anos mais tarde entrou para a universidade de Praga e em 1398 alcançou o grau de Bacharel em Divindade, sendo consagrado pastor da igreja de Belém, em Praga. A partir desse púlpito católico, Huss começou a pregar a genuína palavra de Deus, o que lhe gerou muitas perseguições. Foi convocado pelo papa a comparecer em Roma. Recusou-se e foi excomungado. A semelhança de Wycliffe, Huss atacou várias doutrinas erradas da igreja romana como; a venda de indulgências, a veneração de imagens, o vício do papa, dos cardeais, e do clero. Suas idéias provocaram a ira do papa que o convocou a comparecer ao Concílio de Constância com um salvo-conduto do imperador. O salvo-conduto, porém, não foi cumprido e suas idéias foram condenadas. Foi-lhe dada à oportunidade de se retratar, não negando, porém a sua fé. Foi queimado na fogueira com uma coroa de papel decorada com diabinhos com a seguinte frase: "Coroa de Hereges".
 Finalmente aplicaram o fogo à lenha, e então o nosso mártir cantou um hino com voz tão forte e alegre que foi ouvido através do crepitar da lenha e do estrondo da multidão. Finalmente a sua voz foi calada pela força das chamas, que logo puseram fim à sua existência na terra.


20) JERÔNIMO SAVONAROLA

 Nasceu em Florença, Itália e pregava como um dos antigos profetas da Bíblia para vastas multidões que enchiam sua catedral. Seus sermões eram contra a sensualidade e o pecado da cidade e também contra os vícios do papa. A cidade se arrependeu e se reformou, mas o papa Alexandre VI procurou, de todos os modos, silenciar o virtuoso pregador.
 Foi enforcado e queimado na grande praça de Florença. Isso aconteceu dezenove anos antes das 95 teses de Lutero serem colocadas na catedral de Wittenberg. Esse homem de Deus nos deixou o exemplo de como ser fervoroso mesmo em meio uma sociedade totalmente corrompida. Todos esses homens anteciparam o espírito e a obra dos reformadores.


21) JERÔNIMO DE PRAGA

 Foi conterrâneo de Huss e nasceu na cidade de Praga. Teve acesso às obras de Wycliffe e ao ver o progresso que a obra de Huss teve na Boêmia, foi ajudá-lo. Chegou na Boêmia, três meses antes de Huss ser morto. Foi preso pelo duque Sultsbach, que o levou com correntes pelo pescoço sendo lançado em uma masmorra imunda onde ficou por 340 dias, sem luz e quase morto de fome. As acusações que pesavam contra ele eram: 1º Ridicularizar a autoridade papal; 2º fazer oposição ao papa; 3º Ser inimigo dos cardeais; 4º Ser perseguidor dos prelados; 5º Foi acusado de aborrecedor da religião cristã.
 Como Huss, sua condenação foi ser queimado em praça pública. Prepararam-lhe umas coroas de papel, pintada com demônios na cor vermelha, o que vendo disse: "O Nosso Senhor, quando sofreu a morte por mim, que sou o mais miserável dos pecadores, levou sobre a sua cabeça uma coroa de espinhos; por amor a ele, levarei esta coroa também." Quando atearam fogo, cantou um hino e suas últimas palavras foram: "A ti, Cristo, ofereço esta alma em chamas".


22) JOHN BROWN

 Em 1517 foi acusado de heresia. Sua condenação foi ser queimado vivo. Antes de queimá-lo, os arcebispos de Rohester, fizeram com que seus pés fossem queimados até que toda a carne se desprendesse, e os ossos ficassem expostos. Fizeram isso para forçá-lo a retratar-se; porém ele persistiu em sua fé e devido a isso, foi preso à estaca e queimado.


23) THOMAS MANN

  Era um cristão bem quisto pela comunidade. Foi acusado de fazer declarações contrárias ao culto das imagens e as peregrinações católicas sendo queimado em Londres em 1519.


24) THOMAS HARDING

 Foi acusado junto com sua esposa de praticar heresia, somente por não aceitar a doutrina da transubstanciação. Foi condenação a ser queimado. Ao ser levado ao local do suplicio, um dos espectadores rompeu o seu crânio com um porrete. Os sacerdotes premiaram a todos os que traziam madeira para a fogueira, com uma indulgência para pecar por 40 dias.


25) JONH HOOPER

  Foi um dos reformadores ingleses e era bispo de Gloucester. Era fervoroso em seu ensino, eloqüente em sua palavra, perfeito na citação dos textos Bíblicos, infatigável na sua tarefa, exemplar em sua vida pessoal. No dia 29 de janeiro de 1555, foi condenado por ensinar heresia. Sendo condenado à fogueira suas últimas palavras foram: "Senhor Jesus, tenha misericórdia de mim. Senhor Jesus recebe o meu espírito".


26) WILLIAM TYNDALE

Foi conterrâneo e amigo de Lutero. Muitos o colocam como pré-reformador, mas é inegável que ele teve uma grande participação de maneira direta na reforma protestante. Tyndale foi um fiel ministro do Senhor que nasceu em um local próximo à fronteira do país de Gales. Foi criado desde sua infância na universidade de Oxford, onde, por sua longa permanência, cresceu tanto no conhecimento dos idiomas e das outras artes liberais, como na prática das Escrituras, às quais a sua mente estava muito apegada. Aos 30 anos fez uma promessa que haveria de traduzir a Bíblia diretamente dos originais para o inglês, com o objetivo de que, todo povo desde o camponês até a corte real pudessem ler e compreender as Escrituras em sua própria língua. Em 1525, a tradução do Novo Testamento estava completa. Em pouco tempo mais de seis mil cópias estavam nas mãos do povo. Isso gerou uma grande perseguição da igreja Romana sobre a sua vida, até que em maio de 1535 foi preso. Um ano depois saiu a sua condenação. No dia seis de outubro de 1536, foi levado ao lugar da execução. Foi amarrado à estaca, estrangulado pelo carrasco e, em seguida consumido pelo fogo. Na estaca, orou com fervor dizendo: "Senhor, abra os olhos do rei da Inglaterra".


27) ALGUNS MÁRTIRES DO SÉCULO XIX

Entre os anos de 1814 a 1820, os protestantes do sul da França, sofreram terríveis perseguições por parte dos Católicos Romanos. Só o fato da pessoa se confessar protestante, era motivo para perder a vida. Vejamos alguns casos:

a) Um jovem chamado Pierre foi questionado pelos católicos a respeito de sua fé. Perguntaram-lhe: "Você é católico ou protestante?". Ele prontamente respondeu: "Sou protestante". Essa declaração lhe custou a vida, pois um dos inquiridores lhe deu um tiro a queima roupa.

b) Blacher, um senhor de 70 anos, também foi argumentado com respeito a sua fé. Ao declarar-se protestante, teve todo o seu corpo despedaçado por uma foice.
 
c) Um Senhor de idade chamado Ddet foi parado na rua e lhe perguntaram: "Você é protestante?". Ao que ele respondeu: "Sou". Imediatamente descarregaram nele um mosquete, porém ele não morreu. Mas, para consumar a sua obra, os monstros acenderam uma fogueira com palha e tabuas. Lançaram o Ancião nela, ainda vivo, causando-lhe sofrimentos terríveis até a morte.


28) MÁRTIRES DO SÉCULO XX

a) DIETRICH BONHOEFFER (1906 -1943)
 
Teólogo Alemão que se opôs fortemente ao governo de Adolf Hitler, Bonhoeffer pregou duramente contra o anti-semitismo, condenou a cooperação da igreja com o terceiro Rich (sistema comandado por Hitler), e tornou-se parte da resistência ao regime nazista juntamente com outros lideres de sua época.
Em 1936, o governo Alemão cassou o título de livre-docente de Bonhoeffer em Berlim. Um ano depois, fechou o seminário em Finkenwalde, no qual era professor. Foi proibido de ensinar e de publicar livros. No dia cinco de abril de 1943 foi preso e lavado ao campo de concentração de Buchenwald. Em 8 de abril do mesmo ano, num domingo, como de costume, Bonhoeffer pregou um sermão que tocou profundamente no coração dos colegas de prisão, ao falar sobre a vontade de Deus para a vida de cada ser humano. Depois de orar, a porta da cela se abriu. Dois guardas do Terceiro Reich disseram: "Prisioneiro Bonhoeffer, prepare-se para vir conosco". Os presos sabiam que estas palavras eram sinônimas de morte. Deduzindo o que lhe aconteceria, se dirigiu aos demais, dizendo: "Para mim, isto é o fim, mas também o início", numa referência direta ao fato de que, para o cristão a morte é uma passagem para o céu. No dia seguinte, foi enforcado, aos 30 anos de idade. Três semanas depois, Adolf Hitler suicidou-se e, menos de um mês após o assassinato de Bonhoeffer, as vítimas do nazismo que sobreviveu, foram libertadas com o fim do domínio insano do regime Hitlerista.

b) IVAM MOISEYEV
 
Ivan foi um soldado cristão do exercito vermelho, da antiga União Soviética. Era um jovem diferente, cristão genuíno, que não se deixava amedrontar pelas ameaças dos oficiais e nem pelo escárnio dos colegas de farda. A fé e o relacionamento intimo com Cristo eram mais importantes do que sua própria segurança pessoal ou aprovação dos companheiros. Seu caráter foi provado até o sangue, no exercito vermelho. Muitas vezes proibido de pregar aos colegas, Ivan tinha um princípio Bíblico em sua vida: "Mais vale obedecer a Deus do que aos homens". Apesar de ser um soldado exemplar, não se calava com relação a sua experiência de salvação.
Muitas vezes foi inquirido a negar sua fé, mas nada o fazia calar. Foi preso e lançado em uma cela cheias de poças de água. Depois de muitas tentativas de fazê-lo desistir de sua fé, a única maneira que conseguiram fechar a sua boca, foi matá-lo dentro da prisão. Sua família, quando viu o corpo, não o reconheceu de tão deformado que estava seu rosto, com marcas de botas no rosto, boca quebrada, a testa e as têmporas cheias de hematomas.
Um dia antes de morrer, em 15 de julho de 1972, escreveu uma carta a seu irmão dizendo: "Querido irmão, recebi sua carta e demorei responder, porque houve uma grande tormenta. Quando Sergei (amigo de farda de Ivan e também cristão) chegou, ele também sofreu, e seus livros e até postais foram confiscados. Não conte tudo a papai e mamãe. Diga apenas: Ivan escreveu, e disse que Jesus vai partir para a peleja. Esta luta é de Cristo, e Ivan não sabe se voltará dela com vida. Desejo que todos os amigos, jovens e velhos, se lembrem deste verso de Apocalipse 2.10: ‘Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida'. Receba esta última carta, na terra, do menor dos irmãos, Ivan Moiseyev".

c) STANLEY ALBERT DALE (1910 - 1968)
 
Missionário aos índios canibais YALIS, no vale do Seng, em Nova Guiné Holandesa, Stanley foi martirizado pelos índios juntamente com seu amigo Philip com mais de 60 flexadas cada um, e depois tiveram os corpos esquartejados. Próximo ao local onde Stanley e Philip foram feridos e mortos, há uma pequena placa de aço inoxidável na qual estão gravadas as seguintes palavras:

Stanley Albert Dale
Amado esposo de Patrícia
Morto por causa de sua fé, no vale de Seng
25 de setembro de 1968
Apocalipse 2.10

Muitos outros irmãos foram mortos nesse século por causa do seu testemunho cristão Os mencionados acima, são apenas alguns dos milhares e milhares que foram fies ao Senhor até a morte e conquistaram a coros da vida.

d) PASTOR QUE FOI MORTO COM A FAMÍLIA

 O pastor David Yonggi Cho conta em um de seus livros a história de um pastor que foi preso pelos soldados comunistas na cidade de Inchon, na época da invasão comunista na Coréia do Sul. Os soldados o prenderam e ameaçaram mata-lo caso não negasse a Jesus. Com bravura, o pastor reafirmou sua fidelidade a Jesus a despeito das ameaças. Os soldados, irados, ameaçaram sepulta-lo vivo com a sua família, caso ele não renegasse a sua fé. O pastor e sua família preferiram o martírio em vez da apostasia. Foi aberta, então, uma grande cova e jogaram lá dentro o pastor e sua família. Começaram a jogar terra e a soterrar a família piedosa. Quando a terra já estava sufocando a todos, um filho gritou desesperado: "Papai, pense em nós. Pense em nós papai". O pai aflito começou a chorar, mas sua esposa, cheia de fervor, gritou para os filhos: "Coragem, meus filhos, vocês não sabem que hoje à noite nós vamos jantar com Jesus, o Rei dos Reis e Senhor dos senhores?"
 Depois de encoraja-los a ser fiéis até a morte, começou a cantar um hino sobre o céu que dizia:
"Eu avisto uma terra feliz, uma terra de glória e fulgor
Avistamos o lindo país, pela fé na Palavra de Deus.
Sim no doce porvir, viveremos no lindo país.
Sim no doce porvir, viveremos no lindo país"

 Cantaram com entusiasmo até que suas vozes foram silenciadas debaixo dos escombros. A obediência daquela família levou-os ao caminho estreito do martírio, mas no fim dessa estrada estava a glória excelsa de Deus. A multidão que assitiu a esse doloroso martírio ficou profundamente comovida e dezenas de pessoas se converteram e foram salvas por esse testemunho.

CONCLUSÃO 

O Reverendo Hernandes Dias Lopes, Pastor da primeira igreja Presbiteriana de Vitória, no Espírito Santo, conta em seu livro "Pentecostes, o fogo que não se apaga", sua visita ao museu dos mártires na Coréia do Sul. Vejamos os detalhes dessa visita:

"Uma das coisas que marcou profundamente a minha vida foi visitar o museu dos mártires, em Seul, na Coréia do Sul. A igreja evangélica coreana cresceu num solo regado pelo sangue dos mártires. Milhares de crentes foram castigados até a morte, com requintes de crueldade, na época da ocupação japonesa. Centenas de pastores foram decaptados às margens do rio Ran. Mais tarde, na terrível guerra contra a Coréia do Norte, outras centenas de crentes morreram por sua fidelidade a Cristo. Nesse museu, vimos numa enorme sala quadros singelamente emoldurados com as fotografias de centenas de mártires. Em cada quadro havia um breve histórico com o relato da vida, das obras, do ministério e sobretudo da maneira cruel com que cada pessoa foi torturada e morta pela sua fé. Ali naquela sala chorei ao ver que muitos daquele mártires morreram sem ver o grande avivamento que Deus enviou sobre a Coréia do Sul. Deus honra o sangue dos mártires. O sangue dos mártires como dizia Tertuliano, é o adubo para a sementeira do Evangelho. Depois de observar atentamente todos aqueles quadros, já na saída da sala, aproximei-me do último quadro. A moldura era a mesma, mas não havia fotografia. Quando fiquei de frente para ele, havia no lugar da fotografia, um espelho. Vi meu próprio rosto e, embaixo, uma frase lapidar: "Você pode ser o próximo mártir". Lagrimas rolaram em meu rosto. Reconheci que precisava ser revestido com o poder do Espírito para ser um mártir de Jesus".
Depois desta passeada pela historia do evangelho agora podemos refletir como e o que estamos fazendo. Deus e soberano na nossa vida havera um dia em que a historia se repitira com suas perseguicoes para tentarem calar o evangelho será que estamos preparados para clamar e defender a causa de nosso Deus. Pense nisto pois sua vida nunca mais será a mesma.
Prof. ALEXANDRE CHAVES

BIBLIOGRAFIA

FOX, J. O livro dos Mártires. Editora CPAD. Rio de Janeiro, 5º edição 2003.
LOPES, H.D. Quando Deus Intervém. Editora - candeia
RICHARDSON, D. Senhores da Terra. Editora - Betânea
GRANT, M. Ivã. Editora - Betânea.
CHO, DAVID YONGGI. Oração, a chave do avivamento. Editora Betânea
LOPES, HERNANDES DIAS. Pentecostes, o fogo que não se apaga. Editora Hagnos
CESARÉIA, EUSÉBIO. História Eclesiástica. Editora CPAD.

sábado, 18 de setembro de 2010

ACESSO AO REINO NASCER DE NOVO


O ACESSO AO REINO DEPENDE DO SEU NOVO NASCIMENTO
O que significa nascer de novo? Essa expressão se refere á uma purificação do pecado que Deus dá a todos os que creem no Seu Filho através do Espírito Santo. É absolutamente necessário para uma pessoa nascer de novo, a fim de entrar no reino de Deus. No trecho central no Novo Testamento sobre o novo nascimento (João 3), Jesus diz a Nicodemos, um membro do Conselho Governamental Judaico, que uma pessoa não entra no reino de Deus se não nascer de novo. A alternância entre os pronomes no singular e plural no grego dentro da passagem, mostra que Jesus está falando a Nicodemos pessoalmente e representativamente. A necessidade do novo nascimento não é apenas verdadeiro no caso de Nicodemos, mas de todo o Sinédrio, dos judeus, e, por extensão, de todas as pessoas. Alguns consideraram o novo nascimento um processo de experiências que uma pessoa passa, mesmo durante um período de anos. Tal interpretação não é congruente com a do verbo grego nesta passagem. O tempo aoristo sugere que o novo nascimento é um evento, em vez de um processo. Antes de um determinado momento, uma pessoa não é nascida de novo, ou regenerada; depois desse ponto, a pessoa é. Provavelmente a questão de mais difícil interpretação em João 3 é encontrado no versículo 5. O melhor ponto de vista parece ser a de que “nascer da água e do Espírito” apresenta um pensamento unificado para a purificação do pecado, algo sobrenatural que Deus através dos efeitos do Espírito sobre todos os que crêem no seu Filho passam. Esta combinação de água e Espírito é um reflexo de Ezequiel 11, 36 e Jeremias 31. Nestas passagens do Antigo Testamento o Espírito de Deus é visto como fazendo um trabalho revolucionário na vida do povo de Deus na Era da nova aliança. Há uma série de razões de que esta interpretação é preferível.

O uso de uma preposição grega (ek) antes dos dois substantivos indicam uma relação estreita entre eles. Água e Espírito são complementares e não contraditórios entre si. Ele não vê a água como uma referência ao batismo cristão em um tempo no ministério de Jesus, quando o batismo não era ainda uma realidade histórica. Ele se encaixa bem ao contexto em termos de conhecimento de Nicodemos com o Antigo Testamento e da necessidade de alguma inteligibilidade da sua parte. Ele interpreta “nascer da água e do Espírito” como equivalente a “nascer de Deus”, um termo comum de João (João 1:13; 1 João 2:29, 3:7-10, 4:7, 5:4). Ela comporta bem com a ênfase em espírito e verdade na literatura joanina. Finalmente, ela é coerente com o uso da água no Antigo Testamento, para simbolizar a renovação e limpeza. Se crentes do Velho Testamento possuíam o novo nascimento é uma pergunta difícil. Nenhum texto do Antigo Testamento afirma explicitamente que os crentes do Antigo Testamento nasceram de novo ou foram regenerados. Há uma relativa ausência de uma teologia desenvolvida do Espírito no Antigo Testamento. Mas, dada a universalidade da necessidade do novo nascimento, pode-se argumentar que o ensinamento de Jesus sobre a necessidade absoluta do novo nascimento para entrar no reino de Deus analogicamente exige que os crentes do Antigo Testamento também tiveram que ter a vida divina comunicada para eles através do Espírito de Deus. Muitos comentaristas afirmam que o batismo da água mencionado em Tito 3:5 se referente a palavra “lavar”. Com base na gramática grega, no entanto, a tradução deve ser feita “a lavagem [produzida pela] regeneração e a renovação [produzida pelo] Espírito Santo”. Esta interpretação também é coerente com a tradução de João 3.


Primeira Pedro 1:23 acrescenta uma dimensão mais explícita para o meio pelo qual o novo nascimento é produzido: a mensagem pregada da verdade de Jesus Cristo. As palavras-chave em 1 Pedro 1:22-25 expandem e reforçam as palavras, referindo-se ao novo nascimento. O novo nascimento é, portanto, um ato soberano de Deus pelo Seu Espírito, no qual o crente é purificado do pecado e dado à luz espiritual para a casa de Deus. Ele renova o intelecto, a sensibilidade e vontade do crente, para que essa pessoa possa entrar no reino de Deus e fazer boas obras. Os santos do Antigo Testamento nasceram de novo quando eles responderam com fé à mensagem revelada de Deus; os santos do Novo Testamento, quando eles respondem pela fé a Jesus Cristo.


Bibliografia
Carl B. Hoch, Jr.
L. L. Belleville, Trinity 1 (1980): 125-41; F. BŸchsel, TDNT, 1:665-75, 686-89; S. Charnock, The Works of Stephen Charnock, vol. 3; J. Dey, Encyclopedia of Biblical Theology, pp. 725-30; N. R. Gulley, ABD, 5:659-60; Z. C. Hodges, BSac 135 (1978): 206-20; A. Kretzer, Exegetical Dictionary of the New Testament, 1:243-44; W. L. Kynes, Dictionary of Jesus and the Gospels, pp. 574-76; J. I. Packer, EDT, pp. 924-26; A. Ringwald, NIDNTT, 1:176-80; P. Toon, Born Again: A Biblical and Theological Study of Regeneration.


Fonte: Baker's Evangelical Dictionary of Biblical Theology. Editado por Walter A. Elwell.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

TEORIA DO QUASE, O AMIGO DO EVANGELHO

Mc 6:14

O homem chamado herodes um dos homens mais tolos da terra.
Herodes foi um homem que quase foi cristão , era simpatizante do evangelho , ele quase se converteu mais não foi salvo , ele quase teve o céu e foi para o inferno.
Você diz eu fui quase curado e você esta doente.
Você quase foi vencedor e esta derrotado
Você quase foi feliz e infeliz
Você quase foi vitorioso e continua derrotado.
Sabe porque ,não existe quase para Deus não tem meio termo você quase foi para o céu e foi para o inferno.
Herodes era assim reconhecia a autoridade de João batista ouvia a sua palavra porque sabia que era homem de Deus mais não tomou a sua decisão ficou somente no quase.
E isto que eu quero fala:
3 COISAS QUE HERODES PERDEU.
Herodes viu o homem de Deus. Herodes via João batista pregar viu as atitudes de João batista existe pessoas que são como herodes quantas pessoas você conhece que você sabe que são pessoas de Deus você vê Deus na vida deles mais você mesmo não toma atitude.
Herodes ouviu a palavra de Deus através de João batista. Ele ouviu mais não adiantou ele ouviu mais não deu ouvido para a palavra de Deus.
Herodes recebia a palavra de João batista de bom coração ele gostava de ouvir ate aplaudir quando João estava pregando mais não adiantou ele ficou no quase. Há pessoas assim que houve ate gostam mais não tomam uma atitude para mudar sua vida uma postura de entregar a vida para Jesus.
Herodes não se converteu por 3 motivos:
HERODES ERA ESCRAVO DO INFERNO
Herodes era escravo do inferno ele tinha toda pressão do inferno sobre a sua vida. Os demônios atormentavam herodes pressionavam ele toda vez que ele parava para ouvir João batista pregar.
HERODES TINHA PRESSAO FAMILIAR
Herodes tinha a pressão da sua família o seu meio de convívio com João batista ele quase era crente saia e tinha toda pressão de heresia ouvia chacotas e piadinhas , AI HERODES AGORA VOCE E CRENTE , AGORA VOCE E MAIS UM DESTE FANATICOS , SAI DESTA HERODES etc , assim como eu e você quando começamos a dar ouvido para a palavra de Deus herodes sofria pressão dentro da sua própria família mais ele QUASE SE CONVERTEU MAIS NÃO FOI SALVO ELE NÃO TOMOU ATITUDE DE SE ENTREGAR A JESUS .

HERODES TINHA PRESSAO DA SUA PROPRIA CARNE.

Herodes tinha pressão da sua carne. Ele ouvia João ate gostava e quase se convertia mais a carne fazia pressão porque herodes tinha um pecado que ele gostava ele ouvia João batista e logo saia e se prostituia com herodia que era sua cunhada. Herodes não tomava atitude uma postura diante de Deus de mudar sua vida de ser cristão de sair de onde ele estava herodes estava em cima do muro.
Certo rapaz teve um sonho ele estava em cima do muro e caminhava em cima deste muro de um lado os demônios aplaudiam davam tchauzinhos gritavam e do outro lado os anjos gritavam desce dai rapaz sai deste muro. E o rapaz ficou indignado e perguntou para os demônios porque os anjos me pedem para descer e você estão me apoiando me incentivando para não descer e os demônios disseram O MURO E NOSSO.
Guardem isto o diabo vai te apoiar para você não descer do muro ele vai te dar cada dia mais para armar um laço para você e se você cair ele ate coloca um colchão de água para você não se machucar e te volta para cima do muro porque quando ele te desmascarar nunca mais você se levanta. Isto faz parte do plano de satanás.
Então herodes da uma festa para comemorar seu aniversário. Era o golpe final de satanás pois ele queria derrubar herodes. Ele era ate gospel simpatizava com o evangelho mais não tomava posição postura diante do SENHOR e o quase continuava reinando na sua vida mais então ele caiu. Satanás armou o laço na festa do seu aniversário. Entenda Deus quer te dar presentes no seu aniversário mais satanás quer roubar sua festa. Primeiro ele quer te deixar feliz encher sua cara de bebidas e te seduzir com lindas mulheres. E ai foi o golpe final depois de uma dança da filha de herodia seduziu a mente de herodes ele cedeu a sua sedução e lhe fez um juramento e não mais podia voltar atrás e satanás deu o golpe. Pediu a cabeça de João batista e a festa acabou não houve mais festa não se venda aos caprichos deste mundo as a armadilhas de satanás não fique no quase não se iluda com uma vida quase feliz DEUS TE CRIOU PARA SER FELIZ PROVA DISTO QUE ELE CRIOU O HOMEM NO PARAISO. TOME POSSE DA PROMESSA DE DEUS BUSCAI EM PRIMEIRO LUGAR O REINO DE DEUS E TODAS AS DEMAIS COISAS LHE SERAO ACRESCENTADAS VOCE SOMENTE TEM QUE TOMAR UMA DECISAO SAIR DO QUASE SALVO PARA O REINO DA MARAVILHOSA GRACA SALVADORA DE DEUS tome postura hoje se converta totalmente a JESUS CRISTO ELE CUIDARA DE VOCE .
NÃO SEJA QUASE SEJA VOCE COM JESUS

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A IMPORTANCIA DO CONHECER A DEUS

A importância de conhecer a Deus

Deus pode ser conhecido verdadeiramente (Jo.17.3), ainda que não possa ser conhecido plenamente (Sl.139.6; Rm.11.33-34).

Conhecer a Deus é a tarefa primordial e mais importante no que se refere às coisas espirituais. Sem um verdadeiro conhecimento de Deus é impossível ser salvo ou servi-lo e adorá-lo verdadeiramente (Jo.4:22). Para conhecermos a Deus é necessário que Ele se revele a nós (Mt.11:27; Rm.1:19), pois não podemos conhecê-lo com nossos próprios esforços (I Co.1:21). Deus se revela na natureza e principalmente em Sua Palavra.

O que são os atributos de Deus

Os atributos divinos são as características de Deus, a soma das quais definem quem Ele é. Eles refletem diversos aspectos da mesma essência divina.

Os atributos de Deus

Trindade: Deus existe eternamente como três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo), cada pessoa é plenamente Deus, e existe só um Deus. Todos os atributos divinos aplicam-se a cada pessoa da Divindade (Mt.3:16,17; Mt.28:19; I Jo.5:7).

Independência: Deus é um ser não causado e ninguém além d’Ele próprio sustenta Seu ser. Ele não precisa de nós nem do restante da criação para nada, pois existe por si mesmo e não depende de qualquer coisa externa a si próprio para existir (Jo.5:26; At.17:28; Ap.4:11);

Eternidade: Deus não tem princípio nem fim nem sucessão de momentos no Seu próprio ser, e percebe todo o tempo com igual realismo. Ele criou o próprio tempo e, portanto, é independente dele (Ex.3:14; Sl.90:2; II Pe.3:8);

Imutabilidade: Deus é imutável no Seu ser, nas Suas perfeições, nos Seus propósitos e nas Suas promessas. Deus não pode mudar porque é eterno e perfeito (Sl.102:25-27; Ml.3:6; Tg.1:17; Sl.33:11; Nm.23:19);

Unidade: Deus não está dividido em partes, mas percebemos atributos diversos enfatizados em momentos diferentes. Não existe um atributo mais importante do que o outro (I Jo.1:5; 4:16);

Espiritualidade: Deus é espírito e, portanto, não tem corpo. Ele existe como ser que não é feito de matéria e que não tem partes, formas ou dimensões (Jo.4:24; I Tm.1:17; Ex. 20:4-6; Dt.4:15-16). As passagens que atribuem a Deus partes corporais (II Cr.16:9; Sl.91:1-4) devem ser entendidas em sentido figurado, pois são antropomórficas;

Onipresença: Deus está presente em todo lugar, estando envolvido na criação e na vida dos indivíduos (Sl.139.7-10);

Onisciência: Deus possui todo o conhecimento, o que significa que Ele conhece inclusive o futuro e os nossos pensamentos (Jó 37.16; Sl.139.1-4; Is.46.10; Rm.11.33; Hb.4.13);

Onipotência: Deus pode fazer tudo aquilo que deseja (Gn.17.1; Jó 42.2; Sl.115.3; Is.43.11-13; Mc.10.27). Ele não pode pecar ou agir contra Sua própria natureza (Tg.1.13);

Amor: Deus é amor, o que significa que Ele se doa eternamente aos outros (I Jo.4:8; Jo.17:24). Deus ama a todos, mas não da mesma forma (Mt.5:45; Rm.8:35-39; Rm.9:13);

Justiça: Deus sempre age segundo o que é justo, e Ele mesmo é o parâmetro da justiça (Dt.34:4; Gn.18:25; Is.30:18; Jr.9:24; At.17:31);

Ira: Deus odeia intensamente todo o pecado (Rm.1:18; 9:22-23; Jo.3:36). O cristão não deve temer a ira de Deus, visto que foi salvo dela pela justiça de Cristo (Rm.5:9);

Vontade: Deus aprova e decide executar todo ato necessário para a existência e para a atividade de si mesmo e de toda a criação. A vontade de Deus envolve as escolhas divinas do que fazer e não fazer (Mt.10:29; Ef.1:11; Ap.4:11; At.4:27-28; Tg.4:13-15). É dividida em vontade secreta e vontade revelada (Dt.29:29). A vontade revelada refere-se a tudo aquilo registrado na Bíblia, e a vontade secreta refere-se aos decretos pelos quais Deus rege o mundo e determina tudo o que irá. acontecer;

Santidade: Deus é santo (I Sm.2.2; Sl.99; Is.40.25; Ap.15.4) em dois aspectos: transcendência e pureza moral. A transcendência mostra como Deus está separado e é independente do espaço e do tempo, não sendo limitado por eles (Is.57.15). A pureza moral mostra como Deus está separado de tudo o que é pecaminoso (Lv.20.26; I Pe.1.15,16).

sábado, 14 de agosto de 2010

BIOGRAFIA DE JOAO BATISTA O ARAUTO DO REINO

Biografia de Joao batista e o Reino dos Ceus

João nasceu numa pequena aldeia chamada Aim Karim, a cerca de seis quilômetros lineares de distância a oeste de Jerusalém.[carece de fontes] Segundo interpretações do Evangelho de Lucas, era um nazireu de nascimento. Outros documentos defendem que pertencia à facção nazarita da Palestina, integrando-a na puberdade, era considerado, por muitos, um homem consagrado. De acordo com a cronologia neste artigo, João teria nascido no ano 7 a.C.; os historiadores religiosos tendem a aproximar esta data do ano 1º, apontando-a para 2 a.C..

Como era prática ritual entre os judeus, o seu pai Zacarias teria procedido à cerimónia da circuncisão, ao oitavo dia de vida do menino. A sua educação foi grandemente influenciada pelas acções religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu pai era um sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade chamada "as filhas de Araão", as quais cumpriam com determinados procedimentos importantes na sociedade religiosa da altura.

Aos 6 anos de idade, de acordo com a educação sistemática judaica, todos os meninos deveriam iniciar a sua aprendizagem "escolar". Em Judá não existia uma escola, pelo que terá sido o seu pai e a sua mãe a ensiná-lo a ler e a escrever, e a instruí-lo nas actividades regulares.

Aos 14 anos há uma mudança no ensino. Os meninos, graduados nas escolas da sinagoga, iniciam um novo ciclo na sua educação. Como não existia uma escola em Judá, os seus pais terão decidido levar João a Engedi (atual Qumram) com o fito de este ser iniciado na educação nazarita.

João terá efectuado os votos de nazarita que incluíam abster-se de bebidas intoxicantes, o deixar o cabelo crescer, e o não tocar nos mortos. As ofertas que faziam parte do ritual foram entregues em frente ao templo de Jerusalém como caracterizava o ritual.

Engedi era a sede ao sul da irmandade nazarita, situava-se perto do Mar Morto e era liderada por um homem, reconhecido, de nome Ebner.

Morte dos pais e início da vida adulta

O pai de João, Zacarias, terá morrido no ano 12 d.C.. João teria 18-19 anos de idade, e terá sido um esforço manter o seu voto de não tocar nos mortos. Com a morte do seu pai, Isabel ficaria dependente de João para o seu sustento. Era normal ser o filho mais velho a sustentar a família com a morte do pai. João seria filho único. Para se poder manter próximo de Engedi e ajudar a sua mãe, eles terão se mudado, de Judá para Hebrom (o deserto da Judeia). Ali João terá iniciado uma vida de pastor, juntando-se às dezenas de grupos ascetas que deambulavam por aquela região, e que se juntavam amigavelmente e conviviam com os nazaritas de Engedi.

Isabel terá morrido no ano 22 d.C. e foi sepultada em Hebrom. João ofereceu todos os seus bens de família à irmandade nazarita e aliviou-se de todas as responsabilidades sociais, iniciando a sua preparação para aquele que se tornou um “objectivo de vida” - pregar aos gentios e admoestar os judeus, anunciando a proximidade de um “Messias” que estabeleceria o “Reino do Céu”.

De acordo com um médico da Antioquia, que residia em Písia, de nome Lucas, João terá iniciado o seu trabalho de pregador no 15º ano do reinado de Tibério. Lucas foi um discípulo de Paulo, e morreu em 90. A sua herança escrita, narrada no "Evangelho segundo São Lucas" e "Actos dos Apóstolos" foram compiladas em acordo com os seus apontamentos dos conhecimentos de Paulo e de algumas testemunhas que ele considerou. Este 15º ano do reinado de Tibério César terá marcado, então, o início da pregação pública de João e a sua angariação de discípulos por toda a Judeia em acordo com o Novo Testamento.

Esta data choca com os acontecimentos cronológicos. O ano 15 do reinado de Tibério ocorreu no ano 29 d.C.. Nesta data, quer João Baptista, quer Jesus teriam provavelmente 36 a 37 anos de idade.

Duas possibilidades surgem:

Lucas errou na datação dos acontecimentos;

A história falha na colocação sequencial dos eventos.

Influência religiosa

É perspectiva comum que a principal influência na vida de João terá sido o registos que lhe chegaram sobre o profeta Elias. Mesmo a sua forma de vestir com peles de animais e o seu método de exortação nos seus discursos públicos, demonstravam uma admiração pelos métodos antepassados do profeta Elias. Foi muitas vezes chamado de “encarnação de Elias” e o Novo Testamento, pelas palavras de Lucas, refere mesmo que existia uma incidência do Espírito de Elias nas acções de João.

O Discurso principal de João era a respeito da vinda do Messias. Grandemente esperado por todos os judeus, o Messias era a fonte de toda as esperanças deste povo em restaurar a sua dignidade como nação independente. Os judeus defendiam a ideia da sua nacionalidade ter iniciado com Abraão, e que esta atingiria o seu ponto culminar com achegada do Messias. João advertia os judeus e convertia gentios, e isto tornou-o amado por uns e desprezado por outros.

Importante notar que João não introduziu o baptismo no conceito judaico, este já era uma cerimónia praticada. A inovação de João terá sido a abertura da cerimónia à conversão dos gentios, causando assim muita polémica.

Numa pequena aldeia de nome “Adão” João pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as alparcas (as correias das sandálias). Nessa aldeia também, João acusou Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíades, que era mulher de Filipe, rei da Ituréia e Traconites (irmão de Herodes Antipas I). Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação alguns meses mais tarde.

O baptismo de Jesus

Pessoalmente para João, o baptismo de Jesus terá sido o seu auge experiencial. João terá ficado admirado por Jesus se ter proposto para o baptismo. Esta experiência motivou a sua fé e o seu ministério adiante.

João baptizava em Pela, quando Jesus se aproximou, na margem do rio Jordão. A síntese bíblica do acontecimento é resumida, mas denota alguns factores fundamentais no sentimento da experiência de João. Nesta altura João encontrava-se no auge das suas pregações. Teria já entre os 25 e os 30 discípulos e baptizava judeus e gentios arrependidos. Neste tempo os judeus acreditavam que Deus castigava não só os iníquos, mas as suas gerações descendentes. Eles acreditavam que apenas um judeu poderia ser o culpado do castigo de toda a nação. O baptismo para muitos dos judeus não era o resultado de um arrependimento pessoal. O trabalho de João progredia.

Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João baptizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado no qual ponho toda a minha complascência”. Refere que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo. Este acontecimento sem qualquer repetição histórica tem servido por base a imensas doutrinas religiosas.

Prisão e morte

O aprisionamento de João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I no 6º mês do ano 26 d.C.. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua filha, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata e depois foi queimado em uma fogueira numa das festas palacianas de Herodes.

Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.

Importância para a religião

Cristianismo

Flávio Josefo um historiador do século I relacionou a derrota do exercito de Herodes frente a Aretas IV (Rei da Nabateia) se deveria ao facto da prisão e morte de João Baptista – um homem consagrado que pregava a purificação pelo Baptismo.

Flávio Josefo refere também que o povo se reunia em grande número para ouvir João Baptista, e Herodes temeu que João pudesse liderar uma rebelião, mandando-o prender na prisão de Maqueronte e de seguida matou-o.Filosofia religiosa

João era um judeu de educação. Toda a filosofia judaica foi-lhe incutida desde criança. No tempo de João Baptista o povo vivia subjugado à soberania dos chamados gentios havia quase cem anos. A desilusão nacional levantava inúmeras questões a respeito dos ensinamentos de Moisés, do desocupado trono de David e dos pecados da nação.

Era difícil de explicar na religião daquele povo a razão pela qual o trono de David se encontrava vazio. A tendência do povo era justificar os acontecimentos adversos com um provável “pecado nacional”, tal como tinha acontecido anteriormente no cativeiro da Babilónia, e outros mais.

Os judeus acreditavam na previsão de Daniel a respeito do Messias, e consideravam que a chegada desse prometido iniciaria uma nova época – a do Reino do céu. A pregação de João é fortemente influenciada pela antevisão do "Reino dos Céus". E os ouvintes acreditavam que o esperado Messias estaria para chegar e restaurar a soberania do povo que eles definiam como escolhido, e iniciar uma nova época na Terra: a época de justiça.

A pergunta era quando. A fé de todos defendia que seria ainda naquela geração, e João vinha confirmar o credo. A fama da sua pregação era o facto deste pregador ser tão convicto ao anunciar o Messias para breve. Milhares de pessoas, na sua ânsia pela liberdade acreditavam devotamente em João e nas sua admoestações.

Muitos judeus acreditavam que o Reino dos Céus iria ser governado na terra por Deus em via directa. Outros acreditavam que Deus teria um representante – o Messias, que serviria de intermediário entre Deus e os Homens. Os judeus acreditavam que esse reino seria um reino real, e não um reino espiritual como os cristão mais tarde doutrinaram. Foi esse o motivo da negação de Jesus como o Messias, por parte da maioria do povo Judeu.

João pregava que o "Reino de Deus" estaria "ao alcance das mãos" e essa pregação reunia em sua volta centenas de pessoas sedentos de palavras que lhes prometessem que o seu jugo estava próximo do fim.

João escolheu o Vau de Betânia para pregar. Este local de passagem era frequentada por inúmeros viajantes que levavam a mensagem de João a lugares distantes. Isto favoreceu grandemente o espalhar das suas palavras. Quando ele disse "até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão"[1] ele referia-se à 12 pedras que Josué tinha mandado colocar na passagem do rio, simbolizando as doze tribos, na primeira entrada do povo na Terra Prometida.

João era um pregador heróico. Ele falava ao povo expondo os líderes iníquos e as suas transgressões. Quando o assemelhavam a Elias, era porque este tinha o mesmo aspecto rude e admoestador do seu antecessor. João não queria simpatia. Ele pregava a mudança, chamava "raça de víboras" e com o indicador apontado, tal como Elias o tinha feito anteriormente, e isto o categorizou como profeta.

João tinha discípulos. Isto significa que ele ensinava. Ele tinha aprendizes com quem dispensava algum tempo em ensinar. Havia interesse nas suas palavras e filosofia nos seus ensinamentos.

Cronologia

Herodes “o Grande” conquistou o lugar de governador da Galileia em 44 a.C.. Dirigiu uma batalha contra os Hasmoneus que o levaram ao Sanhédrin (Sinédrio) para ser julgado, invocando a pena capital. Hircano II concedeu-lhe a deportação para a Síria, que na altura era uma província romana. Na Síria, e por intermédio da autoridade romana foi estabelecido como governador de uma província chamada Coele-Síria – capital do povo de Israel em tempos remotos.

Herodes liderou a defesa dos ataques de Aristóbulo II. Isto promoveu uma amizade com Marco António e como resultado dessa amizade obteve o seu coroamento em 40 a.C.. Foram precisos mais três anos para que chegasse a Jerusalém e se tornasse pleno soberano na Judeia, em 37 a.C., tendo morrido 33 anos depois. Os dias do seu reinado começaram a contar a partir de 37 a.C., data da conquista de Jerusalém.

Herodes morreu em 4 a.C. e era vivo na altura do nascimento de Jesus e de João Baptista, tal como é manifesto em todos os registos.

Quando Marco António morreu, Herodes mudou a sua estratégia política colocando-se ao lado de Octaviano, o auto-intitulado César Augusto. Foi este o César que decretou o recenseamento de todo o império romano no 3º mês do ano 8 a.C., por forma a melhorar o processo de colecção de impostos e tributos.

Os judeus sempre ofereceram resistência a este tipo de contagem do povo. (I crónicas 21) Por este motivo, no reino de Herodes, essa contagem sofreu um atraso de 1 ano, sendo protelada até ao 7aC, com uma enorme intervenção de Hillel (Aliyah) que era o ha-Nasi (presidente do Sanhédrin desde 30 a.C. a 10 d.C.).

Jesus nasceu no ano do recenseamento. José foi a Belém para recensear a sua família, e foi em Belém que Jesus Nasceu. Em Belém o registo da ocorrência do recenseamento do povo ocorre no mês 8º do ano 31 do reinado de Herodes “o grande”, tendo este morrido 2 anos depois em 4 a.C.. Isto coloca o nascimento de Jesus em Agosto de 7aC.

Segundo o registo do Evangelho segundo São Lucas, Isabel estaria com 6 meses de gestação quando foi visitada por Maria. E Maria já sabia estar grávida o que carecia pelo menos de 1 mês para o efeito. Considerando estes dados, poderíamos dizer que os meninos teriam 5 meses de diferença, o que remeteria o nascimento de João para o segundo mês do mesmo ano – Fevereiro de 7 a.C..

Fontes e Bibliografia

A Bíblia NT – Versão dos Capuchinhos.

Calvocoresse, Peter, Who's Who in the Bible, Londres: Penguin Books, 1988

Cohn-Sherbok, Dan, A Concise Encyclopedia of Judaísm, Oxford: Oneworld, 1988

Comay, Joan, Who's Who in Jewish History After the Period of the Old Testament, Londres: Weidenfeld and Nicolson, 1974

Rolef, Susan Hattis (editora), Political Dictionary of the State of Israel, 2ª edição, Jerusalém: Jerusalem Publishing House, 1993

Goodman, Philip, The Yom Kippur Anthology, Filadélfia: The Jewish Publication society in America 1971 (referências a Hashanah Anthology e The Shavuot Anthology, do mesmo autor).

Greenberg, Rabi Irving, The Jewish Way, Living with the Holidays, Nova Iorque: Summit Books, 1988

terça-feira, 20 de julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

1 CONGRESSO DE ESCOLA BIBLICA DA IGREJA BATISTA GETSEMANI 06 A 08 DE AGOSTO 2010



CONVIDAMOS A TODOS VOCES PARA O NOSSO PRIMEIRO CONGRESSO DE ESCOLA BIBLICA DA IGREJA BATISTA GETSEMANI A ENTRADA FRANCA PARTICIPE CONOSCO VOCE LIDER, PROFESSOR E TAMBEM VOCE QUE DESEJA APRENDER MAIS DA PALAVRA DE DEUS. TEREMOS PALESTRA COM O DOUTOR RUSSELL SHEDD ESCRITOR DA BILBLIA SHEDD , PR.JORGE LINHARES , PR MARCIO MASELLI E OUTROS,NAO PERCA.
VENHA JUNTO COM SUA IGREJA NAO PERCA ACONTECERA DIA 06,07,08 DE AGOSTO CONTAMOS COM VOCES ENVIE UM EMAIL PARA alexandrekfe@hotmail.com COM A PALAVRA EBGET PARA MAIORES INFORMACOES.VOCE E NOSSO CONVIDADO. DEUS TE ABENÇOE
PROF. ALEXANDRE

sábado, 10 de julho de 2010

VITORIA SOBRE OS GIGANTES DA VIDA




VITORIA SOBRE OS GIGANTES

TEXTO BASE : 1 SAMUEL 17:32,40,43,45,48,50
Quando falamos e gigantes temos em mente alguém ou algo muito grande muito forte e ate com aparência invencível .
O que tudo indica já esta acostumado a se deparar com este tipo de coisa com essa situação , no decorrer de toda sua vida , ele se depara com gigantes que já parecem vitoriosos mesmo antes de agirem , tamanha e a fúria com que atacam. Mas aquele que confia no Deus Todo- Poderoso e mais que vencedor porque não e por sua própria força que vem a vitoria , mas sim por aquele que possui todo o poder no céu e na terra .
Agora vamos aprender como os gigantes se apresentam e como ele ataca:
Existem vários espécies gigantes que atormentam a vida do ser humano como:
Dificuldades financeiras
Desemprego
Doenças
Violências
Instabilidades
Medos
São os piores gigantes que residem dentro do próprio homem e geralmente querem se apresentar de forma bruta tentando impor o medo assim como Golias tentou fazer com o povo de Israel e acabou conseguindo por 40 dias e quis também fazer com Davi.
Assim também tenta fazer com o cristão para desestabilizar o cristão e fazê-lo perder a Fe em Jesus cristo.
COMO OS GIGANTES ATACAM
Agem com que já tem a certeza da vitoria
Impõem o medo com palavras torpes ,palavrões ,insultos ,gritarias
E dessa forma que o inimigo intimida o cristão ,ele insisti no seu desafio ate que o cristão tomado pelo medo não tem coragem de enfrentá-lo
COMO VENCER O GIGANTE
NÃO TEMER OS INSULTOS
1 SM 17:26
Neste confronto Davi fez duas declarações verdadeiras que demonstravam a confiança do jovem rapaz .
Davi declarou que ele tinha confiança em seu Deus e havia um pacto entre ele e DEUS por causa da circuncisão que era o pacto entre DEUS e ABRAAO.
Davi também declarou que o exercito de Israel não era apenas mais um era o EXERCITO DO DEUS VIVO .
NÃO TEMER A APARENCIA
Davi era um jovem ruivo pequeno e de aparência frágil Golias um gigante de aparência descomunal um guerreiro com mais de 3,0 metros de altura sua couraça pesando cerca de 70 quilos ,usando um escudo de 30 quilos , uma lança com 15 quilos , e uma espada de aproximadamente 20 quilos .
Davi não temeu ao olhar para aquele homem , ele imaginou o tamanho da sua vitoria (1sm 17:45).
Muitas vezes o cristão e derrotado porque coloca seus olhos no tamanho do gigante então vem o medo e a conseqüente derrota porque olha para o problema e deixa de olha para DEUS.
NÃO SE CONTAMINAR COM O MEDO ALHEIO
Quando Davi se dispôs a enfrentar o gigante seu próprio irmão foi contra ele tentando desanimá-lo (1sm 17:28-33), muitos cristãos estão perdendo bênçãos e vitorias porque dão ouvidos a palavras de medrosos como , não adianta tentar ,quem e você para conseguir , desista enquanto e tempo , etc. . O CRISTAO NÃO DEVE SE DEIXAR INFLUENCIAR POR PALAVRAS DE TOLOS (PV 10:21).
ESTRATEGIAS PARA VENCER O GIGANTE

Para se ter a vitoria e vencer o gigante e preciso tomar a mesma atitude do jovem Davi .
MANTER A CONFIANÇA EM DEUS (1SM 17:45) (SL 40:4)
ANTECIPAR CONTRA O INIMIGO
Enquanto Golias falava Davi agia corria em direção ao ataque ele não esperou o inimigo tomar posição (1SM 17:40)
CELEBRAR A VITORIA EM DEUS
Celebrar a vitória saber dar o valor correto a cada vitoria que DEUS te der nas Mãos e exaltar o nome do SENHOR DOS EXERCITOS (1SM 17:52)
DEPOIS QUE DAVI VENCEU O GOLIAS , O EXERCITO DE ISRAEL SE ENCHEU DE CORAGEM E FERIRAM OS FILISTEUS TUDO POR CAUSA DE UMA ATITUDE DE DAVI E CONFIAR EM DEUS CONFIE EM DEUS E CONDUZA O POVO ATE A TERRA PROMETIDA
AS NOSSAS ATITUDES PODEM MUDAR UMA HISTORIA .
CONFIE EM DEUS LUTE , VENÇA E GLORIFIQUE AO SENHOR DOS EXERCITOS , PORQUE AGINDO DEUS QUEM IMPEDIRA.
DEUS ABENCOE VOCE .
PR. ALEXANDRE CHAVES

domingo, 4 de julho de 2010

INVEJA E CIUMES COMO COMBATER

Inveja e Ciúmes (egoísmo , posse)

PV 6:34
PV 14:30
O dicionário define a inveja como "desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outra
pessoa, desejo violento de possuir o bem alheio, cobiçar o que é dos outros". Já o ciúme é
"um sentimento doloroso causado pelas exigências de um amor inquieto, é também o desejo
de posse da pessoa amada".
A Bíblia tem muito a nos ensinar sobre a inveja e o ciúme. Observe algumas passagens
neste estudo :
Pv 14:30 - " ... a inveja é a podridão de nossos ossos".
Pv 6:34 - " Porque o ciúme excita o furor do marido; e não terá compaixão no dia da
vingança".
I Co13:4 - " O amor ... não arde em ciúmes ... esse capitulo nos diz tudo sobre o amor e como agir sem ciúmes
At 17:5; a inveja causa pertubaçao e destruição e desordem
Gl 5:21; inveja e fruto da natureza humana
Tg 3:14; um alerta sobre o ciúmes e a inveja leia urgente
I Pe 2:1; vale a pena abandonar todas essas praticas de inveja e ciúmes e ser como crianças e desejar o puro leite espiritual.
Gn 37:1 e 37:11; Rm 13:13
Em Pv 14:30 "a inveja é a podridão de nossos ossos." Em outras palavras, Salomão está
querendo dizer que a pessoa invejosa está doente (física, emocional e espiritualmente).
Muitas doenças físicas aparecem por causa de inveja.
A inveja é um dos piores problemas no relacionamento humano. Ela destrói a confiança
entre as pessoas, desfaz casamentos e acaba com grandes amizades. A pessoa invejosa tem
problemas emocionais não tratados como: baixa auto-estima, insegurança e inadequação.
Ela sempre acha que a vida lhe deve mais do que ela tem recebido ( seja carinho, afeto ou
dinheiro e bens materiais). Acha-se constantemente injustiçada, assume o papel de vítima
com freqüência e sente-se inferiorizada em relação a demais pessoas. Quando confrontada,
a pessoa invejosa nega veemente que tem inveja (é muito doloroso para ela admitir que tem
inveja, um sentimento tão baixo e feio). Assume com freqüência uma posição defensiva, está
sempre defendendo e justificando suas palavras e ações. Ela mesma não gosta de assumir
responsabilidades por aquilo que faz ou pensa. A culpa, se alguma coisa der errado, é sempre da
outra pessoa ou circunstância, e não dela.
A Bíblia nos conta a história de um rapaz chamado José, que era muito amado por seu pai
Jacó. Este, um dia, deu-lhe de presente uma túnica nova e bonita, feita sob medida para ele.
Na sua inexperiência e ingenuidade, José contou aos seus irmãos sobre o presente que seu pai
lhe dera. Também gostava de contar-lhes dos sonhos que tinha em que ele (José) aparecia
como alguém importante e os irmãos se curvavam diante dele. E os irmãos de José passaram
da inveja e do ciúme ao ódio, rapidamente, a ponto de desejarem matá-lo. Depois, mudando
de idéia, resolveram vendê-lo para alguns mercadores que estavam de passagem por ali.O fato
é que seus irmãos queriam ver o objeto de seu ciúme e inveja bem longe, e assim o fizeram.
Os psicólogos concordam que o ciúme e a invejam não é apenas uma idéia isolada, mas junto
ele vem a inveja, a raiva e o ódio. A pessoa com ciúmes começa a ter pena de si mesma, sente
culpa, deseja vingança, inferioridade, orgulho, medo e ansiedade.
Em crianças de 7 anos ou mais, o ciúme fica com muitas vezes difícil de diagnosticar, pois
está camuflado por uma forte ansiedade. Em termos práticos, como podemos lidar com pes-
soas invejosas, especialmente dentro da igreja?
Precisamos tomar alguns passos para nos proteger, à medida do possível, da inveja e do
ciúme das pessoas. Na maior parte das vezes, isso nem sempre será possível, mas você pode
aprender algumas coisas práticas nesse sentido.
1- Não devo contar para todo mundo coisas boas que me acontecem. É preciso ter sabedo-
ria para saber quem dos meus amigos ou parentes vai realmente se alegrar comigo com
uma bênção que recebi. Nem todos os cristãos são maduros o suficiente para:
" ... alegrarem-se com os que se alegram"- Rm 12:15
2- Examinar minhas próprias motivações quando for compartilhar uma vitória pessoal ou
familiar. Será que não estou querendo contar só para dizer que sou uma pessoa legal, que
no fundo eu sou melhor que os outros e que mereço mesmo essa vitória? Que mensagem
estou querendo passar ao falar para os outros de minhas vitórias?A quem estou honrando
com isso - a mim mesmo ou ao Senhor???
3- Perdoar aqueles que me invejam - Paulo, o apóstolo, aprendeu a fazer isto, pois muitos
o invejavam, bem como ao sucesso do seu apostolado - II Coríntios, cap. 10 à 12.
Jesus perdoou aos que o invejavam e até aos que o traíram - Jo 13:15 - 16.

sábado, 22 de maio de 2010

MALDIÇAO O QUE E COMO SE MANIFESTA



O que é uma maldição


Segundo o Dicionário da Bíblia de Almeida a maldição é um chamamento de mal, sofrimento ou desgraça sobre alguém ou alguma coisa que passa a ser maldito . Trata-se portanto de uma ação do maligno sobre uma vida, situação ou local; cuja legalidade da ação pode ser através da família (tb. chamada hereditária), por meio de palavras proferidas ou ainda por meio de auto-declarações.

Origem das Maldições na História Humana
Texto Gn 2.17: “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”

No alicerce das maldições está a Desobediência. É o primeiro relato bíblico sobre a possibilidade de ocorrer uma maldição quando o Senhor diz uma palavra clara e vinculou a morte com a desobediência. Com a quebra do princípio estabelecido por Deus a maldição veio e foi transmitida a todos os homens e a terra. Interessante que, “até mesmo Jesus Cristo, que veio em carne como filho do homem, sofreu as conseqüências destas maldições”.

De onde procedem as Maldições

1. Do desobediência aos estatutos do próprio Deus: Por exemplo em Dt 27.15-26 encontramos 12 maldições que viriam sobre aqueles que quebravam a lei; várias atitudes do homem podiam levá-lo a ser portador de maldições, desde fazer estatuetas e imagens até prejudicar um estranho ou ter comportamento sexual incestuoso. Em Gn 12.3 há uma promessa que Ele abençoaria os que abençoassem, a Abraão e seus descendentes, portanto o anti-semitismo trás maldição sobre os que o praticam. Mesmo procedendo da parte do Senhor devemos lembrar que elas só ocorreram se o homem com o seu livre-arbítrio optar por desobedecer a Ele, este conceito esta bem claro em Dt 11.26-29 “ Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição; A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR vosso Deus, que hoje vos mando; Porém a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do SENHOR vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes. E será que, quando o SENHOR teu Deus te introduzir na terra, a que vais para possuí-la, então pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim, e a maldição sobre o monte Ebal.

2. Pessoas que tem autoridade podem amaldiçoar: Pai sobre filhos, líder sobre liderados, professor sobre aluno, etc. Foi isto que aconteceu quando Jacó, questionado por Labão a respeito do roubo de seus deuses, declara: “Com quem achares os teus deuses, esse não viva; reconhece diante de nossos irmãos o que é teu do que está comigo e toma-o para ti. Pois Jacó não sabia que Raquel os tinha furtado.” Como esposo de Raquel ele tinha autoridade sobre ele, e mesmo ele desconhecendo o que ela havia feito, a maldição se cumpriu. Pouco depois deste fato Raquel morre ao dar a luz a Benjamim .

Tipos de Maldições

Hereditárias
De início é necessário entendermos que apesar do termo hereditariedade esta relacionado à transmissão de caracteres físicos ou psíquicos aos descendentes (p.ex.: se os pais são de cor negra os filhos obrigatoriamente devem possuir a mesma cor, se o biótipo da família dos pais é de pessoas altas os filhos deveram ser altos, etc.); este termo também expressa o direito de receber a totalidade ou a parte daquilo que uma pessoa possui e deixa após sua morte. Assim no caso das maldições hereditárias devemos ter em mente que os espíritos que atuam sobre uma família, porque conquistaram em algum lugar do passado estas legalidades, vão passar de geração em geração até que a legalidade seja anulada. Devemos compreender que não se trata de um espírito das trevas “transmitido geneticamente”, como se fosse a cor dos olhos, mas são espíritos ligados a uma dada área de ação que encontra e cria em uma determinada família condições ideais para a sua atuação.

Por exemplo: Um avô alcoólatra, levou seu filho a bares e outros lugares onde ele praticava seu vício, acabando assim por incentivar o filho a ter o mesmo vício e comportamento, no momento em que este filho começa a beber, espíritos do mesmo tipo que atuam no avô passam a atuar sobre o filho; ao casar o filho gera um neto que cresce no mesmo ambiente de vício, o que favorecerá a atuação destes demônios também em sua vida.

Sintomas uma pessoa pode estar sob efeito de maldições:
1. Colapso mental e emocional,
2. Doenças freqüentes ou crônicas (especialmente sem um claro diagnostico médico),
3. Fracassos constantes, também relacionados a problemas com o sexo oposto,
4. Rompimento de casamento, e transtornos familiares;
5. Contínua recessão financeira (em especial quando a renda parece ser suficiente), e
6. Propensão a acidentes.


EXEMPLOS
Maldição de Davi sobre os montes de Gilboa (2 Sm 1.21) Davi proferiu contra estes montes uma maldição: Não caia sobre vós nem orvalho e nem chuva, a fim de que a terra ficasse estéril. Isto ocorre de forma tal que mesmo hoje com toda a tecnologia que Israel possui no campo do reflorestamento, não consegue sucesso em reflorestar os montes de Gilboa.

Jesus amaldiçoa a figueira (Mc 11.14,20-21) Jesus não encontrando frutos na figueira a amaldiçoou dizendo que dela nunca mais se comeriam figos. Na manhã seguinte a figueira outrora viçosa estava seca.

Maldições de Terceiros
No início todas as coisas foram formadas pela Palavra. “Disse Deus: haja... e houve!” Pela palavra profética geramos no mundo espiritual aquilo que desejamos no mundo físico . Este princípio serve tanto para as bênçãos que desejamos como também para as maldições que lançamos. Assim a partir do momento em que são proferidas as palavras, espíritos das trevas reivindicam o direito de atuar na vida desta pessoa trazendo sobre ela a referida maldição.


Encontramos no livro de Tiago um alerta para como o mau uso da palavra (língua) pode trazer prejuízos, também Pv 18.21 nos revela o seu poder: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.”
É necessário, como já vimos, que para que esta maldição seja estabelecida, àquele que a profere deve possuir alguma autoridade sobre a vítima.

Nomes que revelam Maldições

Os judeus eram, e ainda o são, muito criteriosos na escolha do nome de seus filhos, de modo geral o nome refletia uma característica de quem o possuía, esta era a crença dos hebreus.
Os estudiosos, inclusive de ciências ocultas , afirmam que o nome de uma pessoa possui influência sobre a pessoa.
Alguns nomes revelam maldições: Maria das Dores, Mara (amargura), Dolores (dor e pesar), Adriana (rainha das trevas), Piedade, Aparecida (surgida do nada, sem origem), nome de ídolos, de entidades, etc.
Devemos evitar lançar este tipo de maldição sobre os nossos filho. Se o fizemos devemos quebrá-la e declará-la sem efeito.
Atributos e frases negativas que são lançadas contra as pessoas

Infelizmente devido ao descontrole sobretudo dos pais muitas crianças crescem sendo chamadas de: imbecil, canalha, preguiçoso, vadio, burro, jumento, desgraçado, doido, diabinho, sapeca, safado, maluco, danado , ou então ouvindo: vá para o inferno, o diabo que te carregue, você é terrível, pau que nasce torto morre torto, você não tem jeito, você é um endiabrado, você é igual a fulano de tal (aquele parente cheio de defeitos morais e espirituais). Muitas vezes estas palavras criam na pessoa uma condição tal que se tornam impotentes para a vida.
Estas palavras podem também ser lançadas por: professores, chefes de trabalho, lideres religiosos, esposos, etc.

Auto-Maldições

Similar a Maldição de Terceiros tem efeito quando a palavra de maldição é lançada sobre uma pessoa, só que neste caso é a própria pessoa que as declaram contra si mesmas.
Passam a vida inteira se auto-denominando: incompetentes, burras, desastradas, infelizes, imprestáveis, fracassadas, que incorporam isto a sua maneira de ser.

Alguns exemplos bíblicos de auto-maldições.

Durante o Julgamento de Jesus (Mt 27.24-25). Pilatos após lavar suas mãos, delega ao povo o julgamento que responde dizendo: “O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos”. Nos Basta analisar a história dos judeus e veremos que o derramamento de sangue acompanha este povo até hoje.
Caso da Benção de Jacó em Lugar de Esaú. (Gn 27). Jacó temeu ser amaldiçoado por Isaque quando este percebesse que o tinha abençoado no lugar de seu irmão; então Rebeca declara: “Caia sobre mim essa maldição, meu filho; atende somente o que eu te digo...” . Esta maldição recai sobre ela que nunca mais vê seu filho, quando Jacó retorna, ela já é morta.

Maldições Sem Causa.

São as maldições lançadas sobre alguém mas que por não encontrar a brecha de um pecado já existente, não consegue penetrar. Assim como já mencionamos a causa fundamental para a existência de uma maldição é o pecado, sem ele a maldição não se cumpre.

domingo, 25 de abril de 2010

LEI E GRAÇA




Lei e Graça: Uma visão reformada


É quase um paradigma para os cristãos modernos associar o Antigo Testamento à Lei e o Novo Testamento à Graça. Em várias oportunidades propus a estudantes de seminário e na escola dominical estabelecer o relacionamento entre os termos e, invariavelmente, a resposta tem sido a seguinte relação:

LEI — Antigo Testamento

GRAÇA Novo Testamento

I. Estamos sob a Lei ou sob a graça?

Esse questionamento reflete um entendimento confuso do ensino bíblico acerca da lei e da graça de Deus. Muitos associam a lei como um elemento pertencente exclusivamente ao período do Antigo Testamento e a graça como um elemento neotestamentário. Isso é muitas vezes o fruto do estudo apressado de textos como:

...sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado (Gálatas 2.16).

Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça (Romanos 6.14).

E, de fato, uma leitura isolada dos textos acima pode levar o leitor a entender lei e graça como um binômio de oposição. Lei e graça parecem opostos, sem reconciliação — o cristão está debaixo da graça e conseqüentemente não tem qualquer relação com a lei. No entanto, essa leitura é falaciosa. O entendimento isolado desses versos leva a uma antiga heresia chamada antinomismo, a negação da lei em função da graça. Nessa visão, a lei não tem qualquer papel a exercer sobre a vida do cristão. O coração do cristão torna-se o seu guia e a lei se torna dispensável.1 O oposto dessa posição é o legalismo ou moralismo, que é a tendência de enfatizar a lei em detrimento da graça (neonomismo). Nesse caso, a obediência não é um fruto da graça de Deus, uma evidência da fé, mas uma tentativa de agradar a Deus e de se adquirir mérito diante dele. Exatamente contra essa idéia é que a Reforma Protestante lutou, apresentando como uma de suas principais ênfases a sola gratia.

No século XVI, os católicos acusavam os reformadores de antinomistas, de serem contrários à lei de Deus. Até mesmo o grande reformador Martinho Lutero expressou preocupação quanto a alguns de seus seguidores que, em seu zelo de proclamar a graça por tanto tempo desprezada pela Igreja, acabavam por desprezar a Lei. Desde a reforma têm aparecido movimentos enfatizando um ou outro desses aspectos, lei ou graça, sempre de forma excludente. Um dos mais recentes movimentos nessa linha, enfatizando a graça em detrimento da lei, é o dispensacionalismo. Essa forma de abordagem surgiu no século XIX, caracterizando a lei como a forma de salvação no período mosaico e o evangelho como a forma de salvação na dispensação da igreja. Esse é, possivelmente, o movimento que mais influência exerce atualmente na interpretação do papel da lei e da graça entre os evangélicos ao redor do mundo.

Em uma direção oposta, outro grande movimento foi iniciado por Karl Barth, em seu livro God, Grace and Gospel, onde argüi por uma unidade básica entre lei e graça, direcionando seu pensamento para um novo moralismo.2 Para termos uma boa idéia de como o debate ainda é atual, em 1993 foi publicado o livro Five Views on Law and Gospel, da coleção Counterpoints, no qual cinco escritores evangélicos contemporâneos expressam diferentes pontos de vista sobre a relação entre a lei e o evangelho (graça).3 Sem sombra de dúvida, o assunto ainda está muito longe de apresentar um consenso entre os evangélicos.

As implicações da forma como entendemos a relação entre lei e graça vão muito além do aspecto puramente intelectual. Esse entendimento vai, na verdade, determinar toda a forma como alguém enxerga a vida cristã e que tipo de ética esse cristão irá assumir em sua caminhada. John Hesselink, um estudioso sobre a relação entre lei e graça, exemplifica que, na década de 1960, os cristãos proponentes da ética situacionista se levantaram contra leis, regras e princípios gerais, propondo uma nova moralidade.4 Esse movimento propõe que a ética das Escrituras não é absoluta, mas depende do contexto. Nem mesmo a lei moral de Deus é absoluta; ela depende da situação. Essa proposta surgiu e se desenvolveu dentro do cristianismo tradicional, alcançando seguidores de todas as bandeiras denominacionais, praticamente sem restrições. A lei não tem mais qualquer papel determinante na ética cristã; o que determina a ética cristã é o “princípio do amor,” conclui o movimento. A conseqüência dessa conclusão é que a graça suplanta a lei. As decisões éticas devem ser tomadas levando em consideração o princípio do amor. Tome-se por exemplo a questão do aborto no caso de estupro. Aprová-lo nessas circunstâncias é um ato de amor baseado no princípio do amor à mãe que foi estuprada. Ou mesmo a questão da pena de morte. Ela não se encaixa no princípio do amor ao próximo e, portanto, não pode ser uma prática cristã. Até mesmo situações como o divórcio passam a ser aceitáveis pelo princípio do amor. A separação de casais passa a ser aceitável pelo mesmo princípio. O mesmo acontece com o homossexualismo. Aceitar o homossexualismo passa a ser um ato de amor, e portanto, essa prática não pode ser considerada como pecado, ou, se assim considerada, é um pecado aceitável.

Mas seria essa a verdadeira conclusão do cristianismo e o verdadeiro ensino das Escrituras sobre a lei? É isso que o estudo das Escrituras e o cristianismo histórico nos ensinam? Nas páginas a seguir avaliaremos o pensamento de Calvino a respeito dessa questão e a aplicação calvinista refletida na Confissão de Fé de Westminster (CFW).

II. O Uso da Lei

Para entendermos bem o uso da lei precisamos entender o que são o pacto das obras e o pacto da graça. Assim, é prudente começarmos por esclarecer o que são esses pactos e qual o conceito de lei que está envolvido na questão.

Pacto das Obras e Pacto da Graça5 é a terminologia usada pela Confissão de Fé de Westminster6 para explicar a forma de relacionamento adotada por Deus para com as suas criaturas, os seres humanos. Mais do que isso, essa terminologia reflete o sistema teológico adotado pelos reformados, conhecido como teologia federal.7 De forma bem resumida, podemos dizer que o pacto das obras é o pacto operante antes da queda e do pecado. Adão e Eva viveram originalmente debaixo desse pacto e sua vida dependia da sua obediência à lei dada por Deus de forma direta em Gênesis 2.17 — não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal.8 Adão e Eva descumpriram a sua obrigação, desobedeceram a lei e incorreram na maldição do pacto das obras, a morte.

O pacto da graça é a manifestação graciosa e misericordiosa de Deus, aplicando a maldição do pacto das obras à pessoa de seu Filho, Jesus Cristo, fazendo com que parte da sua criação, primeiramente representada em Adão, e agora representada por Cristo, pudesse ser redimida. Porém, a lei antes da queda não se resume à ordem de não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. A lei não deve ser reduzida a um aspecto somente. Existem outras leis, implícitas e explícitas, no texto bíblico. Por exemplo, a descrição das bênçãos em Gênesis 1.28 aparece nos imperativos sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e dominai. Esses imperativos foram ordens claras do Criador a Adão e sua esposa e, por conseguinte, eram leis. O relacionamento de Adão com o Criador estava vinculado à obediência, a qual ele era capaz de exercer e assim cumprir o papel para o qual fora criado. No entanto, o relacionamento de Adão com Deus não se limitava à obediência. Esse relacionamento, acompanhado de obediência, deveria expandir-se de maneira que nele o Deus criador fosse glorificado e o ser humano pudesse ter plena alegria em servi-lo. A Confissão de Fé nos fala da lei de Deus gravada no coração do homem (CFW 4.2). Essa lei gravada no coração do ser humano reflete o tipo de intimidade reservada por Deus para as suas criaturas.

Nesse contexto podemos perceber que a lei tinha um papel orientador para o ser humano. Para que o seu relacionamento com o Criador se mantivesse, o homem deveria ser obediente e assim cumprir o seu papel. A obediência estava associada à manutenção da bênção pactual. A não obediência estava associada à retirada da bênção e à aplicação da maldição. A lei, portanto, tinha uma função orientadora. O ser humano, desde o princípio, conheceu os propósitos de Deus através da lei. Tendo quebrado a lei, ele tornou-se réu da mesma e recebeu a clara condenação proclamada pelo Criador: a morte.

O que acontece com essa lei depois da queda e da desobediência? Ela tem o mesmo papel? Ela possui diferentes categorias? Por que Deus continuou a revelar a sua lei ao ser humano caído?

III. De que Lei estamos Falando?

A revelação da lei de Deus, como expressão objetiva da sua vontade, encontra-se registrada nas Escrituras. Esse registro, que começou nos tempos de Moisés, fala-nos da lei que Deus deu a Adão e também aos seus descendentes. Essa lei foi revelada ao longo do tempo. Dependendo das circunstâncias e da ocasião em que foi dada, possui diferentes aspectos, qualidades ou áreas sobre as quais legisla. Assim, é importante observar o contexto em que cada lei é dada, a quem é dada e qual o seu objetivo manifesto. Só assim poderemos saber a que estamos nos referindo quando falamos de Lei.

A Confissão de Fé, no capítulo 18, divide esses aspectos em lei moral, civil e cerimonial. Cada uma tem um papel e um tempo para sua aplicação:

(a) Lei Civil ou Judicial – representa a legislação dada à sociedade israelita ou à nação de Israel; por exemplo, define os crimes contra a propriedade e suas respectivas punições.

(b) Lei Religiosa ou Cerimonial – representa a legislação levítica do Velho Testamento; por exemplo, prescreve os sacrifícios e todo o simbolismo cerimonial.

(c) Lei Moral – representa a vontade de Deus para o ser humano, no que diz respeito ao seu comportamento e aos seus principais deveres.

A. Toda a Lei é aplicável aos nossos dias?

Quanto à aplicação da Lei, devemos exercitar a seguinte compreensão:

(a) A Lei Civil tinha a finalidade de regular a sociedade civil do estado teocrático de Israel. Como tal, não é aplicável normativamente em nossa sociedade.

(b) A Lei Religiosa tinha a finalidade de imprimir nos homens a santidade de Deus e apontar para o Messias, Cristo, fora do qual não há esperança. Como tal, foi cumprida com sua vinda.

(c) A Lei Moral tem a finalidade de deixar bem claro ao homem os seus deveres, revelando suas carências e auxiliando-o a discernir entre o bem e o mal. Como tal, é aplicável em todas as épocas e ocasiões.

Assim sendo, é fundamental que, ao ler o texto bíblico, saibamos identificar a que tipo de lei o texto se refere e conhecer, então, a aplicabilidade dessa lei ao nosso contexto. As leis civis e cerimoniais de Israel não têm um caráter normativo para o povo de Deus em nossos dias, ainda que possam ter outra função como, por exemplo, ensinar-nos princípios gerais sobre a justiça de Deus. Portanto, a lei que permanece “vigente” em nossa e em todas as épocas é a lei moral de Deus. Ela valeu para Adão assim como vale para nós hoje. Isto implica que estamos, hoje, debaixo da lei?

B. Estamos sob a Lei ou sob a Graça de Deus?

Muitas interpretações erradas podem resultar de um entendimento falho das declarações bíblicas de que “não estamos debaixo da lei, e sim da graça” (Romanos 6.14). Se considerarmos que os três aspectos da lei de Deus apresentados acima são distinções bíblicas, podemos afirmar:

(a) Não estamos sob a Lei Civil de Israel, mas sob o período da graça de Deus, em que o evangelho atinge todos os povos, raças, tribos e nações.

(b) Não estamos sob a Lei Religiosa de Israel, que apontava para o Messias, foi cumprida em Cristo, e não nos prende sob nenhuma de suas ordenanças cerimoniais, uma vez que estamos sob a graça do evangelho de Cristo, com acesso direto ao trono, pelo seu Santo Espírito, sem a intermediação dos sacerdotes.

(c) Não estamos sob a condenação da Lei Moral de Deus, se fomos resgatados pelo seu sangue, e nos achamos cobertos por sua graça. Não estamos, portanto, sob a lei, mas sob a graça de Deus, nesses sentidos.

Entretanto...

(a) Estamos sob a Lei Moral de Deus, no sentido de que ela continua representando a soma de nossos deveres e obrigações para com Deus e para com o nosso semelhante.

(b) Estamos sob a Lei Moral de Deus, no sentido de que ela, resumida nos Dez Mandamentos, representa o caminho traçado por Deus no processo de santificação efetivado pelo Espírito Santo em nossa pessoa (João 14.15). Nos dois últimos aspectos, a própria Lei Moral de Deus é uma expressão de sua graça, representando a revelação objetiva e proposicional de sua vontade.10

IV. Os Três usos da Lei11

Para esclarecer a função da lei de Deus dada por intermédio de Moisés12 nas diferentes épocas da revelação, Calvino usou a seguinte terminologia:

A. O Primeiro Uso da Lei: Usus Theologicus

É a função da lei que revela e torna ainda maior o pecado humano. Segue o ensino de Paulo em Romanos 3.20 e 5.20:

...visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.

Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.13

Calvino aponta para esse papel da lei diante da realidade do homem caído. Sendo o pecado abundante, vivemos no tempo em que a lei exerce o “ministério da morte” (2 Co 3.7) e, por conseguinte, “opera a ira” (Rm 4.15).

Cabe aqui uma nota sobre a terminologia dos reformadores (especialmente Calvino) a respeito da lei. A palavra lei é usada em pelo menos dois sentidos distintos, que devem ser entendidos a partir do contexto. Em alguns casos o termo lei é usado como um sinônimo de Antigo Testamento, da mesma forma como Evangelho é usado como um sinônimo de Novo Testamento. Em outros contextos o termo lei é usado como uma categoria especial referente ao seu uso como categoria de comando, um mandamento direto expressando a vontade absoluta de Deus sobre alguma coisa, sem promessa. É dessa forma que Calvino interpreta a lei em 2 Co 3.7, Rm 4.15 e 8.15. Nesse sentido, o binômio que se confirma é o binômio Lei x Evangelho. O mandamento que não traz salvação versus a graça salvadora de Deus. Porém, não podemos esquecer que é o próprio Antigo Testamento que nos apresenta a promessa da salvação de Deus, a sua graça operante sobre os crentes da antiga dispensação.

Em Romanos, Paulo aponta para a perfeição da lei, que, se obedecida, seria suficiente para a salvação. Porém, nossa natureza carnal confronta-se com a perfeição da lei, e essa, dada para a vida, torna-se em ocasião de morte. Uma vez que todos são comprovadamente transgressores da lei, ela cumpre a função de revelar a nossa iniqüidade.

Explicando isso, Calvino comenta:

Ainda que o pacto da graça se ache contido na lei, não obstante Paulo o remove de lá; porque ao contrastar o evangelho com a lei, ele leva em consideração somente o que fora peculiar à lei em si mesma, ou seja, ordenança e proibição, refreando assim os transgressores com a ameaça de morte. Ele atribui à lei suas próprias qualificações, mediante as quais ela difere do evangelho. Contudo, pode-se preferir a seguinte afirmação: “Ele só apresenta a lei no sentido em que Deus, nela, se pactua conosco em relação às obras.14

B. O Segundo Uso da Lei: Usus Civilis

É a função da lei que restringe o pecado humano, ameaçando com punição as faltas contra ela mesma.15 É certo que essa função da lei não opera nenhuma mudança interior no coração humano, fazendo-o justo ou reto ao obedecê-la. A lei opera assim como um freio, refreando “as mãos de uma ação extrema.”16 Portanto, pela lei somente o homem não se torna submisso, mas é coagido pela força da lei que se faz presente na sociedade comum. É exatamente isto que permite aos seres humanos uma convivência social. Vivemos em sociedade para nos proteger uns dos outros. Com o tempo, o homem pode aprender a viver com tranqüilidade por causa da lei de Deus que nos restringe do mal. O homem é capaz, por causa da lei de Deus, de copiá-la para o seu próprio bem. É até mesmo capaz de criar leis que refletem princípios da justiça de Deus. Calvino menciona o texto de 1 Timóteo 1.9-10 para mostrar essa função da lei:

...tendo em vista que não se promulga lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores, ímpios e profanos, parricidas e matricidas, homicidas, impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à sã doutrina...

Assim, a lei exerce o papel de coerção para esses transgressores e evita que esse tipo de mal se alastre ainda mais amplamente no seio da sociedade humana. Essa ação inibidora da lei cumpre ainda um outro papel importante no caso dos eleitos não regenerados. Ela serve como um aio, um condutor a Cristo, como diz Paulo em Gálatas 3.24: “...de maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.” Dessa forma ela serviu à sociedade judia e serve à sociedade humana como um todo. Da mesma forma essa lei serve ao eleito ainda não regenerado. Ele, antes da manifestação da sua salvação, é ajudado pela lei a não cometer atrocidades, não como uma garantia de que não fará algo terrível, mas como uma ajuda, pelo temor da punição.

C. O Terceiro Uso da Lei

Esse uso da lei só é válido para os cristãos — ensina-os, a cada dia, qual a vontade de Deus.17 Segundo o texto de Jeremias 31.33, a lei de Deus seria escrita na mente e no coração dos crentes:

Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

Se a lei de Deus está impressa na mente e escrita no coração dos crentes, qual a função da lei escrita por Moisés? Ela é realmente necessária? Não basta um coração convertido, amoroso e cheio de compaixão para conhecer a vontade de Deus? A “lei do amor” e a consciência do cristão orientado pelo Espírito Santo não bastam? Não seria suficiente apenas termos a paz de Cristo como árbitro de nossos corações? (Cl 3.15).

Creio que não é bem assim. A lei, assim como no Éden, tem ainda um papel orientador para os cristãos. Embora eles sejam guiados pelo Espírito de Deus, vivendo e dependendo tão somente da sua maravilhosa graça, a “lei é o melhor instrumento mediante o qual melhor aprendam cada dia, e com certeza maior, qual seja a vontade de Deus, a que aspiram, e se lhes firme na compreensão.”18 A paz de Cristo como o árbitro dos corações só é clara quando conhecemos com clareza a vontade de Deus expressa na sua lei. Deus expressa sua vontade na sua lei e essa se torna um prazer para o crente, não uma obrigação. Calvino exemplifica com a figura do servo que de todo o coração se empenha em servir o seu senhor, mas que, para ainda melhor servi-lo, precisa conhecer e entender mais plenamente aquele a quem serve. Assim, o crente, procurando melhor servir ao seu Senhor empenha-se em conhecer a sua vontade revelada de maneira clara e objetiva na lei.

A lei também serve como exortação para o crente. Ainda que convertidos ao Senhor, resta em nós a fraqueza da carne, que pode ser, no linguajar de Calvino, chicoteada pela lei, não permitindo que estejamos à mercê da inércia da mesma.

Vejamos alguns exemplos do relacionamento entre o crente do Antigo Testamento e o terceiro uso a lei. Primeiramente, podemos observar o prazer do salmista ao falar da lei no Salmo 19.7-14:

A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.

Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos.

O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente justos.

São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos.

Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa.

Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas.

Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão.

As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu.

Que princípio de morte opera nessa lei, segundo o salmista? Nenhum. Para o regenerado, o crente no Senhor, a lei é prazer, é desejável, inculca temor, restaura a alma e lhe dá sabedoria. Isso de alguma forma parece contradizer os ensinos do Novo Testamento. O terceiro uso da lei é claro para o salmista. A lei em si não faz nenhuma dessa coisas, mas para o coração regenerado ela traz prazer e alegria. Na lei o salmista reconhece a sua rocha, o seu redentor, Jesus Cristo: “rocha minha e redentor meu.”

Observe também o Salmo 119.1-20:

Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do SENHOR.

Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração; não praticam iniqüidade e andam nos seus caminhos.

Tu ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos à risca.

Tomara sejam firmes os meus passos, para que eu observe os teus preceitos.

Então, não terei de que me envergonhar, quando considerar em todos os teus mandamentos.

Render-te-ei graças com integridade de coração, quando tiver aprendido os teus retos juízos.

Cumprirei os teus decretos; não me desampares jamais.

De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra.

De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos teus mandamentos.

Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.

Bendito és tu, SENHOR; ensina-me os teus preceitos.

Com os lábios tenho narrado todos os juízos da tua boca.

Mais me regozijo com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas.

Meditarei nos teus preceitos e às tuas veredas terei respeito.

Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra.

Sê generoso para com o teu servo, para que eu viva e observe a tua palavra.

Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei.

Sou peregrino na terra; não escondas de mim os teus mandamentos.

Consumida está a minha alma por desejar, incessantemente, os teus juízos.

De onde vem esse desejo do salmista pelos juízos de Deus? Da lei que opera sobre o homem natural? Certamente que não. Mas para o homem regenerado a lei de Deus se torna objeto de desejo da alma. A lei é maravilhosa para aquele que tem os olhos abertos pelo Senhor. Amar a lei de Deus é ensino claro das Escrituras para os regenerados. Viver na lei de Deus é bênção para o cristão, para o salvo. Ela é o nosso orientador para melhor conhecermos a vontade do nosso Senhor e assim melhor servi-lo. Observe que o viver segundo a lei de Deus é considerado uma bem-aventurança, é como ter fome e sede de justiça.

Pergunto: O que seria do cristão sem a lei para orientá-lo? Como conheceria ele a vontade de Deus? (essa, aliás, é uma das perguntas mais freqüentes entre os crentes no seu dia-a-dia). Ele seria um perdido, buscando respostas em seu próprio coração, na igreja, no consenso eclesiástico, na autoridade de alguém que considerasse superior. Mas o crente tem a lei de Deus, expressando objetivamente qual é o desejo do Criador para a criatura, qual o desejo do Pai para seus filhos.

Mas essa visão da lei não nos traz de volta ao legalismo? Estamos então novamente debaixo da lei? Certamente que não. Para bem entendermos a posição bíblica expressa por Calvino sobre a lei no pacto da graça, precisamos entender também como ele relaciona Cristo e a Lei.

V. Cristo e a Lei

Precisamos entender que Cristo satisfez e cumpriu a lei de forma plena e completa. Ele não veio revogar a lei. Façamos uma breve análise de Mateus 5.17-19:

Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.

Alguns pontos interessantes são demonstrados por Jesus nessa passagem:

(a) Ele veio cumprir a lei e não revogá-la.

(b) A lei seria cumprida totalmente, em todas as suas exigências e em todas as suas modalidades (moral, cerimonial e civil) enquanto houvesse sentido em fazê-lo.

(c) Aquele que viola a lei pode chegar ao Reino dos Céus! (“aquele que violar...será considerado mínimo no reino dos céus.”) O sermão do monte é um sermão para crentes e o texto pode ser entendido dessa forma.

(d) Aquele que cumpre a lei será considerado grande no Reino dos Céus.

Como entender essas conclusões de Jesus com respeito a si mesmo e à Lei?

(a) Ele veio cumprir a lei e de fato a cumpriu em todas as suas dimensões: cerimonial, civil e moral. Não houve qualquer aspecto da lei para o qual Cristo não pudesse atentar e cumprir. Cristo cumpriu a lei de forma perfeita, sendo obediente até a própria morte. Ele tomou sobre si a maldição da lei. Ele se torna o fundamento da justificação para o eleito.

(b) Ele não só cumpriu a lei perfeitamente, mas também interpretou a lei de forma perfeita, permitindo aos que comprou na cruz, entendê-la de forma mais completa, mais abrangente.

(c) Os que nele crêem agora também podem cumprir os aspectos necessários da lei para uma vida santa. No entanto, esses que por ele são salvos não são mais dependentes da lei para a sua salvação. Por isso há uma diferença clara entre os que chegam ao Reino dos Céus: alguns serão considerados maiores do que outros.

(d) Cristo, ao cumprir a lei, ab-roga a maldição da lei, mas não a sua magisterialidade.19 A lei continua com o seu papel de ensinar ao ser humano a vontade de Deus. A ab-rogação da maldição da lei é aquilo a que Paulo se refere em textos como Rm 6.14 e Gl 2.16 — estamos debaixo da graça! A lei continua no seu papel de nos ensinar, pela obra do Espírito Santo. Não somos mais condenados pela lei nem servos da mesma. A lei, por expressar a vontade de Deus, se nos torna um prazer.

Johnson resume o material sobre Cristo e a lei no pensamento de Calvino da seguinte forma:

O ponto principal, claro, é que Cristo cumpriu a lei em todos os aspectos, seja no vivê-la, no submeter-se à maldição da lei para satisfazer a sua exigência de punição dos transgressores, ou restabelecendo sobre outras bases a possibilidade de cumprir aquilo que a lei requer. Cristo, em outras palavras, satisfez tudo o que a lei exigiu ou pode vir a exigir da humanidade. A justificação que estava associada à lei agora pertence completamente a Cristo.20

Portanto, nossa obediência à lei não acontece e não pode acontecer sem Cristo. Tentar viver debaixo da lei, sem Cristo, é submeter-se à escravidão. Porém, obedecer à lei com Cristo é prazer e vida. Também, nesse sentido, Cristo é o fim da lei!

Conclusão

Como fica o aparente paradoxo inicial entre a Lei e Graça? Como corrigir essa visão distorcida? Mais uma vez creio que a visão correta da Confissão de Fé pode nos ajudar a entendê-lo:

Este pacto da graça é freqüentemente apresentado nas Escrituras pelo nome de Testamento, em referência à morte de Cristo, o testador, e à perdurável herança, com tudo o que lhe pertence, legada neste pacto.

Este pacto no tempo da lei não foi administrado como no tempo do Evangelho. Sob a lei foi administrado por promessas, profecias, sacrifícios, pela circuncisão, pelo cordeiro pascoal e outros tipos e ordenanças dadas ao povo judeu, prefigurando, tudo, Cristo que havia de vir; por aquele tempo essas coisas, pela operação do Espírito Santo, foram suficientes e eficazes para instruir e edificar os eleitos na fé do Messias prometido, por quem tinham plena remissão dos pecados e a vida eterna: essa dispensação chama-se o Velho Testamento.

Sob o Evangelho, quando foi manifestado Cristo, a substância, as ordenanças pelas quais este pacto é dispensado são a pregação da palavra e a administração dos sacramentos do batismo e da ceia do Senhor; por estas ordenanças, posto que poucas em número e administradas com maior simplicidade e menor glória externa, o pacto é manifestado com maior plenitude, evidência e eficácia espiritual, a todas as nações, aos judeus bem como aos gentios. É chamado o Novo Testamento. Não há, pois, dois pactos de graça diferentes em substância mas um e o mesmo sob várias dispensações (CFW 7.4–6).

Portanto, ao relacionarmos lei e graça devemos nos lembrar dos diversos aspectos e nuanças que estão envolvidos nesses termos.

Primeiramente, encontramos tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a graça de Deus. Ele não reserva a sua graça somente para o período do Novo Testamento como muitos pensam. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento podemos ver Deus agindo graciosamente, salvando aqueles que crêem na promessa do Redentor. Assim Abel, Enoque, Noé, Abraão e todos os santos do Antigo Testamento foram remidos. Nenhum deles foi salvo por obediência à Lei, ainda que o Senhor requeresse deles, assim como requer de nós, que sejamos obedientes.

Em segundo lugar, a lei opera para vida ou morte no pacto das obras e somente para a morte no pacto da graça. No pacto das obras, por mérito, o homem poderia continuar vivo e merecer a “árvore da vida.” Portanto, pela obediência o homem viveria. No pacto da graça a lei opera para condenação do homem caído. Porque o homem já está condenado, ele não pode mais cumprir a lei e ela lhe serve para a morte.

Por último, o crente se beneficia da lei estando debaixo da obra redentora de Cristo. O mérito de Cristo, sendo obediente à lei até as últimas conseqüências, compra-nos o benefício da salvação e a graça de conhecermos a vontade de Deus pela sua lei. O único modo de o ser humano ser salvo é submeter-se totalmente àquele que, por mérito, compra-lhe a salvação. Ainda aqui o homem é beneficiado pela Lei. Cristo a cumpre e declara justificado aquele por quem ele morre.

Portanto, o nosso gráfico do início deveria ser modificado para refletir a verdade bíblica sobre a Lei e a Graça de Deus:

Disp. do Antigo Testamento ------------------ Disp. do Novo Testamento

Obras

Graça – obras como fruto da fé

Lei

Evangelho – obediência à lei como conseqüência

Lei –justifica na
obediência

Lei – condena o não eleito
Usus Theologicus

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele” (João 14.21).

Notas

1 Sobre esse assunto, verificar o artigo W. R. Godfrey, “Law and Gospel,” em New Dictionary of Theology, eds. Sinclair Ferguson e David F. Wright (Leicester: InterVarsity, 1988), 379.

2 Ibid, 380.

3 Greg Bahnsen et al., Five Views on Law and Gospel (Grand Rapids: Zondervan, 1996). Os cinco autores são Greg Bahnsen, Walter Kaiser Jr., Douglas Moo, Wayne Strickland e Willem VanGemeren.

4 John Hesselink, “Christ, the Law and the Christian: An Unexplored Aspect of the Third Use of the Law in Calvin´s Theology,” em B. A. Gerrish, Refomatio Perennis (Pittsburgh: Pickwick Press, 1981), 12.

5 Calvino usa com certa freqüência a expressão pacto da graça [por exemplo, Comentário à Sagrada Escritura: Romanos (São Paulo: Parácletos, 1997), 277; As Institutas, vol. 2, trad. Waldyr Carvalho Luz (São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1985), 3.17.15; 4.13.6. (A numeração refere-se ao livro, capítulo e parágrafo respectivamente. A citação da página, quando necessária, vem após o parágrafo, separada por vírgula).

6 Adotada como padrão de fé pela Igreja Presbiteriana do Brasil e por várias outras igrejas reformadas no mundo.

7 Ver meu artigo “Uma Breve Introdução ao Estudo do Pacto,” Fides Reformata 3.1 (1998), 110-122, especialmente 111-112.

8 Mais detalhes sobre a lei em “Uma Breve Introdução ao Estudo do Pacto (II),” Fides Reformata 4.1 (1999), 89-102.

9 F. Solano Portela, “Pena de Morte - Uma Avaliação Teológica e Confessional”, publicação eletrônica - http://www.ipcb.org.br/publicacoes/pena_de_morte.htm

10 Ibid.

11 Uma discussão muito esclarecedora do assunto se encontra em Merwyn S. Johnson, “Calvin’s Handling of the Third Use of the Law and Its Problems,” Calviniana: Ideas and Influences of Jean Calvin, 10 (1988), 33-50.

12 As Institutas, 2.7.1, 109.

13 Ibid., 2.7.7.

14 Calvino, Romanos, 277. Parte do comentário de Romanos 8.15.

15 As Institutas, 2.7.10.

16 Ibid., 2.7.10, 119.

17 Ibid., 2.7.12

18 Ibid., 2.7.12, 121.

19 As Institutas, 2.7.14, 123.

20 Johnson, “Calvin’s Handling,” 44.